Considerado potencial líder na economia verde, o Brasil continua submerso no ufanismo de país do futuro, enquanto milhões de brasileiros não sabem o que vão comer amanhã e ainda não comeram nada hoje.
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Paulo Rebêlo Terra Magazine * 08.fevereiro.2011 Eu aceito – e entendo – quando ninguém do hemisfério norte acredita que sou brasileiro. Com a benção do futebol e das globelezas, os estereótipos de 500 anos seguem firmes e fortes por mais 500. Só nunca vou aceitar – e nem entender – como o Brasil tem metade da população de cor branca e, a esta altura do campeonato, já com meus primeiros fios brancos da barba à paisana, eu ainda precise explicar que não sou gringo. Jogue-me no pelourinho ou na praia. Em qualquer ponto turístico. Até no Piscinão de Ramos. Se eu não fosse tão baixinho e buchudinho, sairia no tapa com o primeiro cidadão que tenta me vender uma rede fuleira por duzentos reais ou um acarajé seboso por cinco euros. Quase nunca vou à praia. Pelo mesmo motivo que não como caranguejo. Não é alergia, é apenas preguiça. De me explicar pela milionésima vez e de bater o martelinho mil vezes. Quando vou a qualquer praia, basta puxar meu Sundown fator 50 ou tirar minha camisa de botão. Parece uma sirene do Samu, o vendedor vem correndo em minha direção. Para oferecer uma caipirinha. Aparentemente, vendedor de praia não percebe
Movimento nacional, com forte presença em Pernambuco, tenta instituir sistema de governo com imperador, primeiro-ministro e parlamentarismo Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco – 15.nov.2007 (link) O presidente se preocupa com as próximas eleições, enquanto o rei se preocupa com as próximas gerações. Eis um dos principais pontos a nortear monarquistas de vários estados, a partir de hoje (15), em um debate em São Paulo sobre o “novo” projeto político para o país. Poucos têm observado, mas neste exato momento diversas associações trabalham e discutem a restauração da Monarquia no Brasil. O modelo inclui as figuras do imperador, do primeiro-ministro e de gestores eleitos pelo povo, em regime de Monarquia parlamentarista. De forma um tanto discreta, os chamados círculos monárquicos promovem encontros e palestras sobre a viabilidade política e o momento mais oportuno para a restauração. Agora, quando se comemora 119 anos da Proclamação da República, eles se sentem preparados a enfrentar e tentar esclarecer a opinião pública. E até mesmo fazer parte do atual sistema político, por meio de um partido e de uma base no Congresso Nacional. São planos e idéias que, de hoje a sábado, constam na programação do Encontro Monárquico 2007 na capital paulista, organizado pelo Instituto
No domingo (24/jun/2007), a primeira página da Folha de S. Paulo assustou leitores. Foram comprar o jornal que muitos consideram o mais sério (no sentido de carrancudo) do Brasil e ficaram em dúvida se era o mesmo jornal ou uma alternativa à revista Caras. Entrevista exclusiva com a Mônica Veloso, a jornalista que teve um relacionamento com o Renan Calheiros (o rei do gado em Alagoas), em que ela responde aos questionamentos relacionais das repórteres. Nas palavras dela: “amei, amei muito. Ele é um homem extremamente inteligente.” Na mesma primeira página, vemos o presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, “mostrando sua intimidade à Mônica Bergamo (não à Veloso), colunista social do jornal. O problema não é exatamente a inusitada primeira página da Folha. É o conteúdo. A entrevista com Mônica Veloso é pueril e parece um chá da tarde. E sobre o presidente do BC, sem comentários.
A semana não começa nada bem para os torcedores pernambucanos. Logo de cara, a Folha de Pernambuco “brinda” o jogador do Sport Recife com uma triste, porém verídica, reportagem: a atual campanha do Sport no Campeonato Brasileiro é a pior desde 1991. A campanha do time tem sido sofrível e deprimente, o que dá respaldo ainda maior para a polêmica capa do Globo comentada aqui no blog. O crédito da foto que ilustra este post é do glorioso Bob, vulgo Robert Fabisak, na edição desta segunda-feira do mesmo jornal. Mas a imagem não mostra o Sport, e sim o Náutico, em jogo recente. Por que? Porque no caso do Nordeste, a reportagem da Folha de Pernambuco é aquele tipo de texto que o repórter quase não tem trabalho. É mudar um detalhe aqui, outro ali, salvar e colocar o texto para rebolar. Não desmerece o trabalho de apuração, evidentemente, apenas evidencia como o futebol nordestino está capenga há muito tempo. Desta vez, nem precisamos ir longe no nosso banco de dados. Há apenas dois anos, o Jornal do Commercio publicou uma extensa reportagem sobre o declínio do futebol pernambucano. Era dezembro de 2005 e o texto abre assim: Má gestão
O bafafá sobre Lamarca traz à tona uma sugestão interessante para quem gosta de ler. Lamarca liderou a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), com ações guerrilheiras como assalto a bancos e seqüestros. A menção à VPR nos obriga a deixar a dica de leitura do livro-reportagem O Homem que Morreu Três Vezes, do colega Fernando Molica, que trata da figura do advogado gaúcho Antonio Expedito Carvalho Perera, o “Chacal brasileiro”. Antonio Perera é uma figura pouco conhecida dos livros de história, mas teve papel crucial no desenvolvimento da VPR. O mais interessante no livro-reportagem do Molica é a metamorfose pela qual Perera passa, de um advogado fuinha e conservador, até o auge de carregar a alcunha de Chacal brasileiro. O livro é facilmente encontrado nas livrarias online, como Submarino, Saraiva etc. Quem foi o verdadeiro Chacal? Sobretudo para os mais jovens, o “verdadeiro” Chacal é conhecido por causa do cinema com o filme O Chacal (The Jackal, 1997, EUA) com os famosos Richard Gere, Bruce Willis e Sidney Poitier. Em termos de qualidade, o filme de 1997 zela apenas pelo teor estilizado. Bom mesmo é o original The Day of the Jackal, de 1973, dirigido pelo Fred Zinnemann e baseado no