Daqui a pouco ele completa 81 e ainda estaremos comemorando os 80 anos de Ariano. O fiasco da microssérie-microssaia “A Pedra do Reino” na Rede Globo ganhou opiniões das mais divergentes. Em uníssono, apenas uma conclusão: bad trip.
Por que ninguém viu a microssérie? É o título do artigo de Márcio de Matos Souza, de Salvador, publicado no Observatório da Imprensa. Os jornalistas correram para dar explicações sobre a baixa audiência, conversaram com o diretor Luiz Fernando Carvalho, com a alta hierarquia da Globo e com a concorrência. No texto de Márcio de Matos Souza, porém, ele toca no ponto fundamental: “ninguém pensou em ouvir o público para entender, de fato, as suas motivações”.
O público não assistiu por que achou ruim? Não entendeu? Prefere o melodrama noveleiro?
Do outro lado, Antônio Brasil, um dos maiores especialistas brasileiros em telejornalismo e colunista de televisão do Comunique-se, foi sucinto: “A crítica de TV que odeia TV adora tudo que o Luiz Fernando produz.” O artigo completo com a crítica mordaz à Pedra do Reino pode ser lido aqui.
Depois de três anos sem televisão em casa, resolvi tentar assistir a um episódio. Do alto da minha inculta ignorância, resisti apenas quinze minutos. Mas notei que todos os vizinhos estavam ligados na Pedra do Reino, ao mesmo tempo que um cheiro peculiar e uma fumaça densa adentravam pela janela.