Paulo Rebêlo Começaram as obras – de verdade – para construir uma unidade da Kabum no Recife, a escola de tecnologia e arte da Telemar. A iniciativa conta com apoio da Prefeitura da Recife, da ONG Auçuba e da Unesco, estando localizada à Rua do Bom Jesus nº147, onde existia o bar Calypso nos tempos áureos da revitalização do bairro. A previsão de agora é que as aulas tenham início em março de 2006. A gerente do Instituto Telemar, Maria Arlete Gonçalves, não cansou de citar a beleza e a importância histórica e cultural do bairro, durante a apresentação do projeto, na última quinta-feira. A Kabum é uma rede de escolas da Telemar, criada em 2003, com um projeto de inclusão social a partir da informática e da arte. Ganhou visibilidade com o projeto piloto no Rio de Janeiro, em parceria com a ONG Spetaculu, criada pelo renomado cenógrafo Gringo Cardia. No Recife, oferecerá cursos gratuitos para jovens entre 16 e 19 anos que sejam residentes de comunidades com baixos índices sociais. Os cursos serão de design, computação gráfica, vídeo e fotografia. “Com a Kabum, queremos democratizar o acesso da juventude popular urbana das grandes cidades ao conhecimento e à
Tag: inclusão
Paulo Rebêlo SOLIDÃO (PE) – Ninguém imaginou que “simples” computadores pudessem mudar tanto a vida das pessoas, mas é o que está acontecendo neste município de 5.500 habitantes, a 411 km do Recife. Inaugurado em maio deste ano, o laboratório de informática de Solidão é a representação máxima da chamada “inclusão digital”, tema abordado em diversas reportagens na Folha Informática. Sábado passado, os moradores de Solidão tiveram outro motivo para comemorar. O projeto do telecentro foi beneficiado com uma volumosa doação da Fundação Banco do Brasil, repassando oito computadores novos, com bem mais recursos, que se juntam aos seis já existentes. E no sábado ocorreu a inauguração oficial dos micros, que vão beneficiar mais alunos nas turmas de informática básica e internet. As estações de trabalho têm 128 Mb de RAM, processador AMD de 800 Mhz, portas USB e serial, slots PCI, placa de som e o kit básico de teclado, mouse e monitor de 14 polegadas. Todas estão ligadas ao servidor, uma super máquina com processador de 2,5 GHz, 2 Gb de RAM, slot AGP 8x e HD de 40 Gb. Tudo roda em software livre, com distribuição Linux pré-instalada e configurada para obter um visual quase idêntico ao
Paulo Rebêlo Special to CNET News.com [link original] 03.novembro.2005 It was an idea everyone loved: Develop a cheap PC that would let large numbers of Brazilians connect to the Internet. Literacy would rise, the economy would improve and the country’s emerging tech sector would get a boost. Unfortunately, it’s been about six years and counting. From 1999 to the present, the Brazilian government has made several attempts to foster cheap computers for the masses, but the efforts have foundered in a sea of red tape, political infighting, hardware issues and pricing that’s still out of reach for many. The latest incarnation, a program called “Computer for Everyone,” unveiled in March by President Luiz Inacio Lula da Silva, aimed to sidestep some of the problems of past programs, but so far it’s garnered little support from manufacturers or consumers. “When it comes to (bringing) computers to the poor, Brazil makes a soap opera of it,” said Rogerio Goncalves, a telecommunications specialist and Webmaster in Rio de Janeiro. “Every single project of digital inclusion, from the very first one until now, has never left the desk.” Brazil’s experience will likely also serve as a sobering example for others in the process of
Paulo Rebêlo Folha de Pernambuco, 19.outubro.2005 Os alunos do projeto Informar, iniciativa de inclusão digital e cursos profissionalizantes do Porto Digital, estão felizes da vida. É que a primeira turma do projeto na comunidade de Peixinhos acaba de se formar, com expectativas renovadas para seguir adiante na busca por empregos e capacitação. A cerimônia de formatura ocorreu segunda-feira, no Teatro do Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda. O Informar ganhou destaque nacional e internacional ao incluir socialmente os jovens da comunidade do Pilar, com capacitações em diversas áreas técnicas e de informática. De acordo com a gerente de projetos sociais do Porto Digital, Julianne Pepeu, agora foi criada uma rede de relacionamento entre as duas comunidades, Pilar e Peixinhos. “Nossa proposta é que, a partir dessa formatura, os alunos do Pilar que já têm mais experiência, contribuam com Peixinhos em orientação técnica. Por outro lado, Peixinhos poderá contribuir com sua experiência em organização, com uma estruturada relacionada às questões comunitárias e participação de seus líderes de associações, e com sua aptidão cultural, já que abriga muitos músicos e artistas locais”, explica Pepeu. O curso teve duração de 960 horas para capacitação em computação básica, pesquisa social, webdesign, fotografia, vídeo, reforço em
Desconectaram a esperança de quem pretendia comprar um computador mais barato e financiado. Em um retrocesso gritante, o projeto de um aparelho a custo acessível emperrou novamente no fisiologismo de Brasília e, a partir de agora, não há mais previsão de quando sairá do papel. Inicialmente chamado de PC Popular, depois batizado de PC Conectado e, mais recentemente, repatriado sob a codinome de “Computador para Todos”, o resultado nunca chegou às prateleiras, mesmo depois de oito meses de anúncios oficiais e campanhas ufanistas por parte do Governo Federal e de setores da mídia. Pior ainda, o financiamento chegou a ser anunciado oficialmente na semana passada, deixando todos a ver navios. Acompanhe o caso e entenda desde o início. Paulo Rebêlo Folha de Pernambuco, 19.out.2005 Para sair do papel, o “Computador para Todos” dependia da aprovação de uma medida provisória do Governo Federal, a 252/05, que estava em tramitação no Congresso há exatos quatro meses. Após os 120 dias, a medida perdeu a validade e, com ela, perdeu-se a esperança de um computador mais barato e financiado, promessa feita desde março e acompanhada pela Folha Informática. O último prazo do governo era que, ainda esta semana, as regras para o financiamento
Ao contrário do que ocorre nos outros países, os brasileiros conectados estão mais segregados por classes sociais, provando que a desigualdade social também reflete no mundo virtual em níveis alarmantes. A conclusão chega por meio dos recentes relatórios promovidos pelo Ibope/NetRatings e pesquisas de institutos internacionais. Enquanto 80% das classes A e B já possuem acesso, somente 6%, das classes D e E, consegue entrar na Internet de algum ponto: escola, trabalho ou telecentro. As ações para reduzir a “exclusão digital” dos governos se perdem na burocracia e as iniciativas privadas não conseguem atender a crescente demanda, apesar dos esforços conjuntos. Paulo Rebêlo Folha de Pernambuco, 05.out.2005 Ostentar o título de campeão das desigualdades sociais sempre foi um dos entraves brasileiros em todas as reuniões das Nações Unidas e órgãos internacionais. Dez anos após o início da Internet comercial no País, o Brasil ainda não conseguiu democratizar o acesso de modo a reduzir a desigualdade também no ambiente digital e, pior ainda, sem perspectiva de mudanças. Uma das provas sobre a relação entre a desigualdade social e a digital consiste em uma análise da mais nova pesquisa do Ibope/Netratings, divulgada no final de setembro. A pesquisa revela que cerca de