Paulo Rebêlo Terra Magazine | 21-dez-2010 O que eu mais gosto do Natal é que eu detesto Natal. Logo, não preciso inventar desculpa ou matar algum parente pela terceira vez no mesmo ano para não ir às confraternizações onde há o maior número de inimigos por cadeira quadrada. Fujo de eventos assim o ano inteiro. Dividir uma cerveja é um ato sagrado de contrição espiritual e minha religião não permite participar desse ritual com lobos que viram cordeiros só porque é Natal. Me dá uma ressaca dos infernos. Veja você. Aqui na ruazinha onde morei por cinco anos alternados, no centro deste Recife limpo e cheiroso, há um grupo de cheira-colas que dormem por lá desde sempre. Às vezes aumenta, às vezes diminui, mas sempreteve. Fazem parte da paisagem e até me chamam pelo nome, pois geralmente o único bêbado sem noção que tem coragem de passar por ali de madrugada sou eu, confiante no meu crachá subjetivo de “mantenha distância, sou cidadão nativo, bêbado local”. Até quando não sei, mas até hoje funciona. Embora desconfie que o pão com mortadela e a garapa de uva que costumo pegar no caminho de volta e deixar pela ruazinha sejam, de fato,
Tag: banda larga
Você não paga pelo produto original, mas vai pagar pelo download ilegal. É a lei do mercado aplicada à risca pela indústria e pelos piratas. Paulo Rebêlo Webinsider – 03.dez.2009 (link) Passados dez anos do emblemático caso Napster vs Metallica, a indústria de entretenimento mirou onde viu e acertou onde não viu. Pirataria 2.0 é quando você não se importa mais em pagar para ter acesso privilegiado (e ilegal) a todo tipo de conteúdo: filmes, música, pornografia, seriados, desenho animado, livros. Conteúdo que até agora você sempre teve de graça. E em apenas uma fração de minuto pela conexão banda larga. É extensa a lista dos sites que foram fechados e das tecnologias que desapareceram nesse intervalo de tempo. O golpe de misericórdia veio agora, final de 2009. Após uma longa jornada de batalhas judiciais, conseguiram fechar ou intimidar sites outrora considerados imunes à perseguição. Caso do Demonoid, Mininova e The Pirate Bay, por exemplo. Sobrou pouco. Alternativas menores e menos populares continuam disponíveis enquanto brigam judicialmente, fazendo com que advogados repensem uma série de princípios das relações comerciais e diplomáticas entre países. Quem acompanha de perto o cenário tem até medo de ser processado ou perseguido por baixar arquivos
Com planos de telefonia e internet banda larga, a GVT pode se tornar a primeira e única concorrente da Oi-Telemar na região Nordeste para internet ADSL. Isso depois de 11 anos da privatização da Telebrás, quando o objetivo declarado fora ampliar o leque de ofertas a partir da concorrência direta entre empresas e, assim, baixar o custo para consumidor. O tempo passou, a concorrência nunca chegou e até hoje persiste a máfia com os serviços de banda larga no Brasil. Com acesso irrestrito ao sistema, funcionários ou pessoas muito bem relacionadas anunciam, por baixo dos panos, planos de conexão super rápidos para quem se arrisca a pagar ?unzinho por fora?. E o mais interessante: em qualquer cidade e independente da tal ?viabilidade técnica? que as atendentes da Oi-Telemar repetidamente anunciam. Além de blogs e fóruns, há até mesmo domínios próprios (exemplos aqui e aqui) pelos quais a mutreta é oferecida, dando a entender que seja algo juridicamente legal e com respaldo da empresa. Um dos exemplos ensina que o upgrade ocorre ?através de uma equipe monitorada e supervisionada dentro da Velox, aumentando sua velocidade da sua internet diretamente no sistema Velox? … e em outro exemplo, o mutreteiro deixa claro que ?o aumento da velocidade
Quer dizer que a Telefônica irá amargar um prejuízo de R$ 24 milhões, por conta de um desconto aos assinantes em razão daquela pane em São Paulo? A informação consta no balanço semestral e foi reproduzida pelos jornais. Os clientes receberão abatimento equivalente a cinco dias de serviço. Puro marketing. Embora apresente lucro 6% inferior ao do primeiro semestre de 2007, os R$ 24 milhões de prejú não soam nada mal para quem teve um lucro líquido de R$ 1,12 bilhão somente neste primeiro semestre de 2008. Também de acordo com o balanço oficial. Se vamos ter desconto por panes e serviços prestados horrivelmente, é bom começar a calcular a fatura dos últimos dez anos de telecomunicações no Brasil. Quero saber quando vamos ter o reembolso pelas incontáveis e inexplicáveis quedas de conexão, durante horas, dos serviços de banda larga. Não apenas da Telefônica, mas também – e talvez principalmente – da Telemar. Ou seria Oi? Não, agora deve ser Oi-Telemar. Muita gente adoraria dizer Tchau, Telemar. Mas, não pode. Claro que não pode. Vai para onde? Quando teremos o reembolso pelas mensalidades exorbitantes, com valores diferenciados e superfaturados em diferentes Estados brasileiros? Também quero minha bufunfa retroativa por pagar
Quando se começa a falar da tecnologia de banda larga WiMAX, a discussão se transforma em novela e, no Brasil, em dramalhão mexicano. Paulo Rebêlo | UOL Tecnologia | 01.abril.2008 | link original Há quase três anos à espera das primeiras soluções comerciais, novamente as empresas de telecomunicações anunciam que, em 2008, os usuários poderão finalmente conferir de perto a promessa de banda larga sem fio, em alta velocidade, baixo custo e longo alcance. A primeira operadora a oferecer o serviço será a Embratel. A partir de abril, a tecnologia passa a ser entregue pela operadora para pequenas e médias empresas em 12 capitais (Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo). O usuário final, por enquanto, não terá acesso.
Paulo Rebêlo UOL Tecnologia – link original 21.setembro.2007 As discussões sobre a escolha do padrão para TV digital no Brasil – entre americano, japonês, europeu ou desenvolver um próprio, nacional – vêm desde o final da década de 90. As primeiras transmissões públicas em caráter de teste, sempre adiadas, agora estão previstas para dezembro deste ano em São Paulo. Se você não agüenta mais ouvir falar em escolha de padrões e políticas públicas para a TV digital no Brasil, talvez seja hora de entender como funciona a televisão por redes IP (‘Internet Protocol’), também conhecida como IPTV.