Paulo Rebêlo Revista Backstage – novembro/2006 Na coluna anterior, analisamos um pouco as iniciativas das gravadoras em vender música digital na internet a preços considerados razoáveis. Por enquanto, são apenas promessas, longe de uma concretitude a curto prazo, mas podemos esperar boas novidades a partir do início de 2007. Isto é, se não acontecer o que tem ocorrido com frequência nos últimos anos, de a própria indústria boicotar iniciativas promissoras de mercado. Não seria exatamente uma surpresa. Uma reportagem recente do New York Times revelou, e agora para surpresa de todos, que a RIAA (Recording Industry Association of America) pode se voltar exatamente contra as gravadoras que tentarem vender músicas na internet a um preço considerado abaixo do mercado. Ou seja, é a própria associação se colocando contra os grandes “players” que tanto foram defendidos por ela desde o surgimento do MP3. É quase uma piada, de péssimo gosto, por sinal.
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Paulo Rebêlo Revista Backstage – outubro/2006 Ainda não será este ano que veremos uma reviravolta na forma como as gravadoras lidam com seus acervos na internet mas, certamente, muito alvoroço há de surgir a partir de 2007. Durante os últimos meses, as principais gravadoras e portais na internet, inclusive brasileiros, anunciaram iniciativas independentes para vender e reproduzir música online, legalizada, de um modo relativamente atrativo para aquele usuário que não quer ficar sob a surdina da ilegalidade.
Paulo Rebêlo Revista Backstage – agosto/2006 Poderíamos usar milhentas páginas para explicar o por quê de ser necessário levar a pirataria fonográfica a sério. Ocorre que os sindicatos, representantes e porta-vozes da indústria e das associações já fazem o serviço. Seja em campanhas na mídia, entrevistas na imprensa, palestras públicas ou conversas informais com empresários, os argumentos são polidos e fazem sentido. Razoável parcela foi, inclusive, abordada nesta coluna nos últimos três anos: incentivo ao contrabando, tráfico de drogas, criminalidade, evasão de divisas, dentre tantos outros amplamente divulgados por entidades como a BSA (Business Software Alliance), ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Disco), ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), RIAA (Recording Industry Association of America) e assim por diante.
Paulo Rebêlo Revista Backstage junho 2006 Paulo Freire costumava dizer que o oprimido de hoje tende a se tornar o opressor de amanhã. O pensamento, cujas bases podem ser encontradas com o devido contexto no livro que é considerado sua obra-prima – Pedagogia do Oprimido, 1970 – é uma boa referência quando observamos o movimento das gravadoras que ficaram conhecidas como independentes.
Paulo Rebêlo Revista Backstage maio 2006 Na coluna anterior, fizemos um retrospecto sobre as (in)capacidades técnicas do formato MP3, o qual apesar de notáveis desvantagens tecnológicas e comerciais frente a formatos concorrentes de áudio digital, continua a ser a grande vedete da música na Internet. Não à toa, é o mais popular, flexível e universal. Vários aspectos, não apenas técnicos, comerciais e históricos, foram abordados no último texto. Contudo, o melhor – ao menos para os fãs do formato – deixamos para agora: como os especialistas estão trabalhando para aperfeiçoar o MP3, desde medidas simples até iniciativas mais complexas que tendem a incomodar os céticos.
Paulo Rebêlo Revista Backstage abril 2006 Desenvolvedores e técnicos tentam, há um certo tempo e sem sucesso aparente até agora, promover uma recauchutagem no combalido MP3. O formato de áudio digital se sustenta há anos nos mesmos pilares, os quais, tecnicamente, estão bem atrasados em relação a formatos e soluções concorrentes de música digital. O grande – e talvez único, atualmente – apelo realmente verdadeiro do MP3 é ser universal. O arquivo pode ser lido em um universo de produtos, aparelhos e sistemas operacionais diferentes, todo mundo já ouviu falar pelo menos uma vez de MP3, não é preciso um programa especial ou configuração extra para escutar as canções e assim por diante.