Quando pisei na Coréia do Sul, em 2005, demorou a cair a ficha. Porque sem querer era um sonho de criança sendo realizado: conhecer a Ásia. Mas nunca imaginei que iria me sentir um Totoro de estimação.
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Cascavilhei o meu cabeção em busca da primeira memória da minha vida. Tento abrir meus diretórios mentais à procura do que passei a admitir como a memória zero: uma lembrança imagética, consistente e contextualizada que defina a nossa existência cognitiva. Minha memória zero só aparece aos três ou quatro anos de idade e se resume a um bolovo.
Ela perguntou se eu sabia que levava apenas oito segundos para uma pessoa concluir se vai gostar da outra. Essa frustração cronometrada sempre me lembrou uma lenda urbana, bem popular nos anos 80, sobre como se deve cozinhar o verdadeiro spaghetti italiano: para saber se o ponto do espaguete está bom durante o preparo, jogue-o na parede. Se grudar, é porque está no ponto certo.
Rebêlo | mai.2017 ### Capiroto, me perdoa. Eu comi uma coxinha vegana e gostei. Sei que foi uma heresia. Mas a safada estava melhor do que a maioria das coxinhas de galinha que o Deus Mercado me oferece. Não criemos pânico. Ainda não há risco ao nosso altar, ali na BR-232, porque a coxinha com catupiry do Rei das Coxinhas continua sendo o nosso norte, nosso alimento sagrado, nosso rumo e nossa vida ao óleo e óleo. Não obstante cá estou, orando a ti, pedindo força e disciplina, para não mais cair em tentação e não mais aceitar outros experimentos hereges quando me fizerem oferendas gastronômicas. Diga-me, o que seria do nosso universo em descontrole se houvesse uma empada vegana? Tenho pesadelos ao imaginar um terrorista vegano descobrindo a fórmula de uma empada vegana de queijo do reino. Seria o apocalipse zumbi, o fim dos tempos, o dia em que o sertão vai virar mar, o Armagedom sem o Bruce Willis para nos salvar e as vacas criando asas para voar. Nesse dia, até o nosso cão do segundo livro vai virar um gatinho fofo de Facebook. O que essa gente vegana tem feito com nossos princípios? Gente perigosa. Desconfio
Dia desses, paguei vinte reais por um sanduíche de queijo. Não foi em restaurante chique, foi numa barraca de praça, no meio da rua. Não fiquei rico, apenas não aprendi a deixar de ser jeca tatu. Li na internet sobre a fama do sanduíche e, como qualquer outro gordinho guloso e queijudo, eu não ia dormir em paz enquanto não fosse conhecer.