A rede social é um buraco negro: todo conteúdo que entra é sugado e desaparece do universo. Não guardar aquele textão é um desperdício de talento e de sentimento.
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Paulo Rebêlo // agosto.2007 Não há nada mais ridículo do que a chamada síndrome da folha em branco. Pura enrolação, serve para preencher o tabelado espaço no jornal quando grandes escritores e consagrados cronistas ficam sem assunto – um eufemismo para preguiça ou ressaca do uísque falsificado de ontem. Então, escrevem sobre a falta de assunto até preencher os centímetros restantes.
Paulo Rebêlo // abril.2004 Coça a barba e medita. É incrível como todo mundo quer se dar bem no sábado à noite. Ou o povo vai para lugar de azaração, onde as pessoas escolhem a dedo quem vão “pegar”, ou para um lugar cheio de casal. Também é ruim para beber sozinho. Mas… antes isso do que ficar assistindo Zorra Total. Toma banho, coloca um chinelo, bota a calça e pega o último Halls preto. Vai na barraca da esquina: jogar sinuca, escutar Reginaldo Rossi, tomar caju-amigo e comer miúdo de galinha. Faz anotações no caderninho, de novo, sabendo que amanhã não vai lembrar das palavras-chaves.
Paulo Rebêlo // abril.2004 Escrever poderia ser um negócio bem mais fácil. Bastava não ter alguém do outro lado para ler. Quase todas as crônicas são escritas durante o fim de semana. Tudo por conta de uma hipocrisia super ranzinza de que, durante a semana, não se deve perder tempo produtivo de trabalho com abobrinhas.