Com 90 minutos de duração, Terra, documentário com a grife Disneynature, tem pré-estreia nacional na próxima quarta-feira Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco 20.abril.2009 Para os amantes da natureza e dos documentários do Discovery Channel, as imagens de Terra (Earth, EUA/Alemanha/Inglaterra, 2007) são quase entorpecentes. Dois anos depois de lançado no Reino Unido, chega ao Brasil o primeiro longa-metragem com a grife Disneynature, com a pré-estreia agendada para esta quarta-feira e estreia oficial na sexta.
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Sucesso não se aproveita sozinho. Com as polêmicas sobre o livro, uma verdadeira franquia de documentários seguiu-se nos últimos dois anos, seja para desmistificar os assuntos abordados por Dan Brown em O Código da Vinci como, também, para debochar do autor e tentar classificar tudo como falácia e mentira.
Falem mal, mas falem de mim. Poucas máximas do marketing se aplicariam tão bem a O Código da Vinci. Proibido moralmente pela Igreja Católica e criticado ferozmente por religiosos praticantes, somente o anúncio sobre o início das filmagens criou uma expectativa vista poucas vezes na história do cinema. Não é por menos. Os números oficiais do livro impressionam: desde o lançamento em 2003, o Código da Vinci vendeu mundialmente 40 milhões de cópias e já foi traduzido para 44 idiomas. No final do ano passado, Dan Brown foi nomeado na Time uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, na famosa e histórica lista anual publicada pela revista americana.
Não se fala em outra coisa: a estréia deste filme. Quase todos os dias, há alguma pseudo-novidade. Vamos tentar entender, em partes, o motivo de tanta polêmica. Adaptação no cinema do best-seller homônimo de Dan Brown, a trama de O Código da Vinci gira em torno da clássica pintura de Leonardo da Vinci, A Última Ceia, em que Jesus Cristo está sentado com os apóstolos para uma refeição. A tese defendida pelo livro/filme é que a pessoa sentada à direita de Jesus não é apóstolo João, é Maria Madalena. E ela não seria a famosa prostituta que há séculos os cristãos acreditam que seja. Seria a esposa de Jesus, esperando um filho dele, segredo que a Igreja Católica teria acobertado por 2 mil anos.
Paulo Rebêlo Não é a primeira vez que Hollywood resolve brincar com o nome de várias celebridades reunidas para conquistar o público e garantir a bilheteria antecipada. E essa é a surpresa maior na vitória de “Crash” ao Oscar, não a derrota de “Brokeback Mountain”. Apesar das diferenças de opiniões, Crash é um bom filme, mas longe de ser um marco cinematográfico digno de Oscar. Mas, afinal, será o Oscar digno de tanta credibilidade? Crash não choca, não revela surpresas, não expõe feridas e não abre cicatrizes. Contudo, não teria Brokeback Mountain a mesma concepção de não julgar, apenas mostrar? É uma tênue semelhança. Afinal, o diferencial da obra de Ang Lee sobre os caubóis – o romance homossexual e as agruras do amor reprimido – pode até chocar os puritanos, só que não impressiona mais ninguém na sociedade de hoje. Brokeback não choca como as pessoas que vão ao filme esperam, não abre cicatrizes sobre a homofobia. Não foi à toa que o diretor decidiu manter o filme em 1963, seguindo o conto do qual foi adaptado. Do ponto de vista das reflexões e questionamentos, Brokeback é uma brincadeira de criança se comparado a, por exemplo, Má Educação (La
Paulo Rebêlo Revista Pipoca Moderna / dezembro.2005 Stephen Chow é um cara de sorte. Em Kung Fusão (Kung Fu Hustle, 2004, China/HK), ele repete o estilo de comédia escrachada que o consagrou na China mas, estranhamente, consegue replicar o sucesso no Ocidente com uma bilheteria monstruosa. Para se ter idéia, o filme dirigido, produzido, escrito e atuado por Chow teve a maior quantidade de salas durante a estréia nos cinemas americanos para uma produção estrangeiro, ficando à frente de obras primas como Herói e Clã das Adagas Voadoras. No Brasil, a recepção também foi calorosa, até mesmo para os críticos tradicionais de cinema – o que é, de fato, surpreendente. Estamos falando de uma comédia politicamente incorreta, com piadas sobre defeitos físicos, feiúra e trejeitos. No entanto, o carro-chefe é mesmo o estilo peculiar e nonsense de Chow, sua marca registrada, e também o que lhe diferencia das comédias politicamente incorretas de Hollywood. No script, temos um vilarejo na China rural sob ameaça de ser invadido por uma gangue urbana. Com a iminente invasão, os moradores trapalhados acabam se mostrando mestres de kung fu e cheios de segredos do passado. A exemplo de outros filmes de Chow durante a década