Rebêlo | mai.2017 ### Capiroto, me perdoa. Eu comi uma coxinha vegana e gostei. Sei que foi uma heresia. Mas a safada estava melhor do que a maioria das coxinhas de galinha que o Deus Mercado me oferece. Não criemos pânico. Ainda não há risco ao nosso altar, ali na BR-232, porque a coxinha com catupiry do Rei das Coxinhas continua sendo o nosso norte, nosso alimento sagrado, nosso rumo e nossa vida ao óleo e óleo. Não obstante cá estou, orando a ti, pedindo força e disciplina, para não mais cair em tentação e não mais aceitar outros experimentos hereges quando me fizerem oferendas gastronômicas. Diga-me, o que seria do nosso universo em descontrole se houvesse uma empada vegana? Tenho pesadelos ao imaginar um terrorista vegano descobrindo a fórmula de uma empada vegana de queijo do reino. Seria o apocalipse zumbi, o fim dos tempos, o dia em que o sertão vai virar mar, o Armagedom sem o Bruce Willis para nos salvar e as vacas criando asas para voar. Nesse dia, até o nosso cão do segundo livro vai virar um gatinho fofo de Facebook. O que essa gente vegana tem feito com nossos princípios? Gente perigosa. Desconfio
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Paulo Rebêlo // abril.2005 Boas músicas, boas comidas, bons filmes e bons livros. Precisa de algo mais? Talvez boas mulheres, se a coluna fosse para uma revista masculina. Como não é o caso, vamos deixá-las temporariamente ausentes da história. Na verdade, a gente não quer é receber e-mails desaforados das neofeministas de plantão, pois não temos porte de arma. Ainda.
Paulo Rebêlo // junho.2003 A rotina é conhecida, resultado de freqüentes noites insones em que o olho simplesmente não quer fechar, nem com esparadrapo. Cinco horas da manhã. Com todas as cortinas do cafofo fechadas e todas as luzes apagadas, em uma pueril tentativa de enganar o próprio inconsciente, ainda tento acreditar que é noite, que conseguirei dormir algumas poucas horas antes de o mundo começar a girar.