Menu
  • textos
    • artigos
    • crônicas
    • livros
  • fotografia
  • consultorias
    • cursos e oficinas
    • eleições e campanhas
    • autoridade digital
    • posicionamento no google
    • edição e revisão
    • ghost writing
  • autor

paulo rebêlo.

crônicas ranzinzas & retratos rabugentos

Tag: torresmo

Bacon 99

Tags bacon, coca-zero, comidas, diabetes, doces, frituras, gastronomia, glicemia, glicose, gorduras, torresmo, toucinhoPublish Date11 de setembro de 2012 Paulo Rebêlo

Paulo Rebêlo NE10 | 11.setembro.2012 link Quando abri o envelope do laboratório e vi aquele número estampado em negrito, voltei décadas no tempo. Até outro dia, pensava que seria o fim do mundo. Mas, quando finalmente aconteceu, de certo modo foi um alívio para quem passou a vida inteira em luta silenciosa contra a glicose no sangue. Havia, enfim, chegado ao limite aceitável de 99 mg/dL na glicemia. Durante metade da vida, minha principal preocupação sempre fora sair vitorioso na guerra contra o histórico familiar de diabetes. Abri mão de todos os doces e guloseimas – forçado, é verdade –, mas venci a desgraçada e sempre me orgulhei de tomar aquele suco de limão ou acerola sem açúcar. Na tora, igual a tirador de coco. A gente envelhece, adota a coca-zero como companheira infinita e, aos poucos, começa a perder a fé nessa vitória mundana porque os médicos mudam o discurso a cada visita. Um belo dia, me dizem que “apenas” manter distância de açúcar como se ele fosse o anhangá-tinhoso não adianta de nada. Quer dizer, além de ficar sem meu doce de buriti com farinha, precisava  também fugir das frituras, gorduras e me tiraram até o direito universal de engordar

continue lendo
Um messias chamado torresmo

Um messias chamado torresmo

Tags acidez, ácido, amantes, bacon, esofagite, esôfago, estômago, gastrite, gastronomia, omeprazol, torresmoPublish Date8 de fevereiro de 2012 Paulo Rebêlo

Paulo Rebêlo Terra Magazine 08.fevereiro.2012 link Às vezes, tudo que a gente precisa na vida é um torresmo e um quartinho de pinga. Durante uma das épocas em que eu chegava do trabalho de madrugada, todos os dias, o único lugar para encontrar um prato de feijão com macarrão era um boteco bem derrubado na esquina de casa. Havia vários outros lugares interessantes por perto, mas aquele era o mais barato e o único com televisão onde a gente conseguia ver a imagem e ouvir o som. Um lugar onde engraxates, flanelinhas, vigilantes e outros trabalhadores da madrugada se encontravam para juntar as moedas e dividir uma garrafa de pinga antes de ir para casa. Não somente pelo preço, mas sobretudo porque ali os clientes, garçons e donos eram todos iguais. Sem frescuras e sem olhares enviesados. Eventualmente, quando era jogo do Corinthians, o dono (fanático) liberava de graça duas cervejas ruins para cada um dos frequentadores assíduos. Geralmente Antarctica Subzero, Brahma Fresh ou Nova Schin. A festa estava montada. A dor de cabeça também. De madrugada, sem Jornal da Globo ou jogos de futebol, um senhor sempre descia a rua com a mesma roupa, a mesma mala preta quase rasgada e

continue lendo

Site Footer

Copyright (c) 1997-2023 | Paulo Rebêlo | Paradox Zero