Eu pedi a conta, ela não veio, sei que vai chegar, não sei como vou pagar.

Pedi a conta, ela não veio - Paulo Rebêlo

A maioria das pessoas da minha geração queria morar sozinha para ter liberdade. Eu queria morar sozinho para comer pizza e hambúrguer todo dia. E coca-cola. Litros de coca-cola. Talvez a conta metabólica chegue aos 50, talvez amanhã ou talvez quando sair o resultado da próxima endoscopia, que pelos meus cálculos será a décima-quinta. A conta pode chegar parcelada, mas também pode chegar de uma vez só, me atropelando feito uma Scania desgovernada, passando por cima de tudo igual a uma jamanta sem freio.

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Invasões médicas

Paulo Rebêlo Portal NE10 / JC – 04.dez.2012 link original Não faz muito tempo e a gente ia ao médico apenas para ouvir a pergunta: faz exercício físico regularmente ou é sedentário? Aquilo já me irritava sobremaneira. Não havia meio termo. Ninguém quer saber se a gente faz exercício quando dá tempo, quando não tem deadline, quando o parque ainda está aberto. Ou você é saudável ou é sedentário, um preguiçoso que passa o dia inteiro vendo televisão e comendo batata-frita com Baré Cola. Bons tempos foram aqueles. Hoje eles querem saber quais são os meus hábitos alimentares. Se incluo frutas e verduras na minha dieta. Se corto frituras e gorduras. Se evito sal, açúcar e enlatados. Tento explicar que não faço nada disso porque, se o fizesse, certamente estaria pensando em suicídio. Mas eles não escutam. Pior ainda, agora o enxerimento foi além da linha vermelha e querem saber como anda minha vida sexual. Doutor, minha vida sexual não anda, ela deita. Quando dá tempo, quando não tem deadline, quando o parque está aberto para mim. O dente dói. Vou à dentista e a ninfeta acha que por ser novinha e bonita tem o direito de influenciar meus hábitos de quatro xícaras

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O caos da saúde

Desafios do próximo prefeito // População do Recife ainda sofre sem condições adequadas de atendimento médico de rotina e urgência Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco – 10.agosto.2008 A situação é conhecida. O paciente sai de casa em busca de atendimento de urgência e, ao chegar ao posto de saúde ou a policlínica municipal, é encaminhado a um hospital de referência do estado. E lá encontra filas enormes e uma unidade sem estrutura para atender a demanda por atendimento, assim como os jornais noticiam rotineiramente. Isto quando não vai direto para um hospital de referência ao lembrar de suas experiências anteriores nas dependências municipais.

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Por um mundo de carecas unidos

Paulo Rebêlo // julho.2006 Ficar careca é uma arte. É preciso muita concentração para não se deixar levar por aquela mentira cabeluda do é dos carecas que elas gostam mais. Inclusive, talvez o excesso de concentração seja o motivo de acelerar a queda dos cabelos. Se bem que os meus não estão mais caindo. Há tempos, eles simplesmente se jogam.

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Debaixo dos Caracóis…

Paulo Rebêlo // julho.2004 Ficar careca é uma arte. É preciso muito controle e concentração para não se deixar levar por aquela mentira cabeluda ‘é dos carecas que elas gostam mais’. Inclusive, talvez o excesso de concentração seja o motivo de acelerar a queda dos cabelos. A queda, não. Porque os meus não estão mais caindo. Agora eles se jogam.

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