Invenções do novo milênio – III

Paulo Rebêlo // dezembro.2000 Em continuidade às crônicas anteriores, onde abordamos invenções na área de relacionamentos, vejamos agora o que poderia ser inventado no setor de gastronomia, meu predileto.

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Invenções do novo milênio – II

Paulo Rebêlo // dezembro.2000 PARA OS HOMENS – Todo mundo já viu propaganda na TV sobre aparelhos auditivos para surdos, aqueles cotocos grudados na orelha. Por que não ainda inventaram um aparelho auditivo para não-surdos, ou seja, para quem consegue ouvir muito bem? A razão social do aparelho seria outra, é claro. Sabe quando você sai com alguém do sexo oposto para jantar, por exemplo, e a supra-citada passa a noite inteira fazendo seu ouvido de pinico? Ela começa a falar do momento em que coloca os pés no carro até a hora em que se despede e vai pra casa. Se brincar, ela não pára de falar nem na hora do papai e mamãe.

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Invenções do novo milênio – I

Paulo Rebêlo // dezembro.2000 Todo ano a humanidade se depara com uma avalanche de invenções. Algumas inusitadas, outras ridículas. Como 2001 é o novo milênio, esperamos que de forma paulatina a ciência olhe com mais atenção à plebe que não tem condições de gastar fortunas para comprar as novidades tecnológicas lançadas no mercado. Entre invenções inusitadas e ridículas, às vezes termina saindo algo útil e acessível à massa da sociedade. Leia-se: a ralé, nós. Assim, podemos imaginar inventos excelentes que seriam muito bem-vindos.

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Reminiscência apoquentadora

Paulo Rebêlo // nov.2000 Há um momento em que as pessoas parecem cansar de si mesmas. Do cotidiano, da família, do relacionamento. Cansam daquele jeito de ser. Uma espécie de fadiga psicométrica cujas conseqüências refletirão diretamente no dia-a-dia. Quando o nosso termômetro não mais consegue nivelar nossas frustrações, parece ocorrer uma explosão interna e então resolvemos mudar. Mudanças podem ser frutos de resoluções singelas, pouco significativas; ou traumáticas, desesperadoras. Singelas como um corte de cabelo, uma roupa diferente. Traumáticas como uma separação, uma perda involuntária de alguém por quem se acredita nutrir um sentimento de vigor imensurável.

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Conversa de bêbado

na visão de um socialmente sóbrio Paulo Rebêlo // junho.2000 Você certamente já ouviu a expressão “conversa de bêbado”. Afinal de contas, o que diachos viria a ser uma conversa de bêbado? Dizem que poderia ser qualquer gênero de conversa, partindo da premissa em que os interlocutores estejam embriagados, a ponto de ninguém poder acender um fósforo por perto. Ou, simplesmente, qualquer diálogo sem “pé nem cabeça”. Seria difícil pedir a um bêbado a definição sobre sua própria conversa. Até mesmo porque bêbado não é bêbado: ele bebe socialmente, como todo mundo. Talvez seja essa a causa que faça os avinhados socializarem melhor do que quem não bebe. Em minhas momentâneas passagens sóbrias, passei a acreditar que o bêbado integra uma das facções menos anti-sociais existentes. Ou mais socializáveis, como queira.

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Pijamas e namoros

Paulo Rebêlo // junho.2000 O nhém-nhém-nhém começa em maio. Algumas agências de publicidade se arriscam a anunciar o dia dos namorados um mês antes, com os clichês que ninguém conhece: “você não vai deixar de comprar o presente da sua namorada na última hora, vai?”. Ainda em maio, os motéis começam a anunciar as promoções para o mês de junho: “em junho, mês dos namorados, suítes luxo pelo preço das simples” e por aí vai. Tudo muito belo, tudo muito bonito. Chega o mês de junho, e logo nos primeiros dias o bombardeio de publicidade começa. No trânsito, parece que todos os outdoors falam o mesmo idioma: promoções para o dia dos namorados, belos casais se abraçando — com a logomarca de determinadas empresas ao lado — e mensagens românticas estampadas no letreiro. É interessante notar como, nas propagandas, todos os namorados são iguais. Belos, brancos, felizes e com dinheiro para gastar.

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