Herói e Clã das Adagas Voadoras chegam juntos em DVD

Paulo Rebêlo Revista Pipoca Moderna // setembro 2005 Nos cinemas brasileiros, o diretor chinês Zhang Yimou teve seus dois últimos filmes exibidos ao mesmo tempo. Herói (Ying xiong, 2002) e Clã das Adagas Voadoras (Shi mian mai fu, 2004) já estão disponíveis em DVD e trouxeram ao Brasil o que há de mais avançado e bonito no cinema chinês. Os efeitos de câmera e o ritmo das histórias deixam qualquer mago de Hollywood com os cabelos em pé e, claro, atraíram as atenções dos brasileiros cansados da fórmula maniqueísta típica – de heróis e vilões estereotipados. Com o lançamento quase simultâneo no Brasil, torna-se difícil não comparar os dois. O diretor é o mesmo e uma das atrizes, a ninfeta Zhang Ziyi, também está presente em ambas as produções. Apesar de temáticas aparentemente distintas, Herói e Adagas Voadoras compartilham um alicerce similar: o abrir mão de uma causa pessoal por uma causa maior. O “greater good” é retratado com maestria na história de Herói, cujo protaganista, Jet Li, é mais conhecido pelos filmes de artes marciais campeões de bilheteria na China. O mesmo tema é tratado em Adagas Voadoras, porém, de uma forma bem mais palpável ao gosto ocidental –

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Castelo Voador e asas de (muita) imaginação

Paulo Rebêlo Revista Pipoca Moderna – agosto/setembro 2005 Em “O Castelo Voador” (Howl’s Moving Castle / Hauru no ugoku shiro, 2004) o diretor Hayao Miyazaki não teve a mesma recepção calorosa que teve em 2003 nos cinemas brasileiros. O castelo errante de Howl é a nova incursão do mestre japonês de animação em reinos imaginários onde humanos, bruxas e feiticeiros vivem juntos, não necessariamente em harmonia. Para quem assistiu ao filme anterior de Miyazaki, “A Viagem de Chihiro” (Sen to Chihiro no kamikakushi / Spirited Away), o Castelo Voador é quase uma obrigação. Vale lembrar que Chihiro faturou o Oscar de Melhor Animação em 2003 e Castelo Voador foi um dos indicados em 2004. Como de praxe, o enredo de Castelo Voador é apenas a ponta do iceberg para um mundo de fantasia e vários questionamentos sobre sentimentos humanos, como gratidão e confiança. Uma jovem sobre um feitiço que a transforma em idosa e, a partir de então, parte em jornada para encontrar a bruxa responsável pela magia. No roteiro, vale a pena prestar atenção em personagens abstratos que se assemelham com as produções anteriores de Miyazaki, como a própria Chihiro e clássicos anteriores do quilate de Mononoke Hime (1997),

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Punições caolhas

Paulo Rebêlo Revista Backstage setembro 2005 Uma recente reportagem publicada no jornal O Globo, do Rio de Janeiro, mostrou um pouco da realidade brasileira na repressão à pirataria. Segundo a apuração do jornal, com dados da Associação de Defesa da Propriedade Intelectual (Adepi), de janeiro a junho deste ano as autoridades brasileiras prenderam 182 pessoas por pirataria, das quais somente quatro foram condenadas de fato. Mas a gente nem que condenações foram essas, para ao menos tentar entender o que significaram.

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Dez anos de MP3

Paulo Rebêlo Revista Backstage agosto 2005 Em julho, o formato MP3 completou dez anos. É bastante tempo. A data é marcante, mas pegou todo mundo de surpresa. Ninguém viu um especial comemorativo, nem aqui no Brasil e nem na imprensa mundial, sobre os fatos que marcaram a trajetória de uma tecnologia que fez todo mundo rever conceitos e revolucionou o jeito de escutar e guardar música. O MP3 saiu do computador para chegar a todo lugar: sala, carro, sistemas de som, música ambiente, jogos de PC e videogame, apresentações multimídia e assim por diante.

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Polícia ou Bandido?

Paulo Rebêlo Revista Pipoca Moderna, nº 10 (julho) O diretor Wai Keung Lau conseguiu reunir a nata do cinema de Hong Kong em “Conflitos Internos” (Infernal Affairs / Wu Jian Dao, HK, 2002), possivelmente um dos filmes policiais mais instigantes já produzidos. Não é à toa que, ainda agora em 2005, continue colecionando prêmios e indicações em várias categorias, incluindo a de melhor filme estrangeiro, melhor ator e melhor ator coadjuvante nos festivais internacionais de cinema. A essência de Infernal Affairs é relativamente simples: um policial que trabalha disfarçado nas tríades (máfia) chinesas e um integrante das tríades que conseguiu se infiltrar na polícia de Hong Kong e até mesmo se destacar no quadro policial. Desta aparente simplicidade, o espectador se depara com situações bem inusitadas e criativas, com questionamentos sobre a personalidade de cada um. É quando começamos a nos perguntar: até onde o policial continua a trabalhar pela lei e até quando o criminoso é, realmente, movido pelo crime? O maior trunfo de Infernal Affairs é ter reinventado a forma de se encarar um filme policial de tema batido (máfia) e de abordagem lógica (mocinhos e bandidos). Consegue emocionar sem ser dramático, mexer com sua adrenalina sem desnecessárias

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A indústria que copiava e o homem que calculava

Paulo Rebêlo Revista Backstage julho 2005 Aqui na coluna, não cansamos de questionar e contra-argumentar o discurso das gravadoras sobre os “milionários” prejuízos decorrentes dos downloads via Internet ou da pirataria. Esta última, em suas mais variadas facções, da simples cópia entre amigos para conhecer um produto novo (pirataria?) até as próprias redes profissionais de distribuição e comercialização, uma situação comprovadamente predatória. Já comentamos sobre a falácia do chamado prejuízo, que é baseado em uma perda de lucro presumida. Em um sentido ainda mais amplo, poderíamos citar o outro lado da presunção: o crescente lucro das gravadoras a partir de outras mídias e serviços, graças à Internet e aos meios digitais de propagação de conteúdo.

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