Paulo Rebêlo Revista Backstage – ed. julho 2007 Ao incentivar a venda de música digital sem DRM, a Apple parece ter enfiado os pés pelas mãos. Diversos consumidores, com um pouco mais de experiência em tecnologia, perceberam que as músicas livres de amarras não eram, afinal, tão livres assim. Um pequeno código embutido no arquivo permitia que a Apple fizesse a coleta de quem estava comprando as faixas, incluindo nome, e-mail e localidade. Parece besteira, mas ninguém foi avisado. Com esses dados, não há garantias que a Apple não repasse as planilhas para as gravadoras e, consequentemente, comece um rastreamento para conferir se as mesmas músicas são disponibilizadas em softwares de troca, como a rede Bitorrent ou eMule. O mais interessante, como já vimos mês retrasado ao tratarmos do assunto, é que as músicas em DRM custam mais caro. Ou seja, supostamente seria um preço a mais pela privacidade e pela liberdade de escolha ao comprar as faixas sem amarras.
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Paulo Rebêlo Revista Backstage – ed. junho 2007 Após diversos casos relatados e estudados no exterior, enfim é a vez de o Brasil entrar em evidência mundial com um caso sobre direitos autorais de músicas que, com o tempo, entram para a seara de domínio público. E com isso, surge toda uma briga de egos e finanças envolvendo incontáveis advogados e um punhado de familiares do artista em questão. No caso de hoje, estamos falando de Noel Rosa, cuja produção artística individual está prevista para entrar em domínio público em 01 de janeiro de 2008.
Paulo Rebêlo (email) Revista Backstage – ed. maio 2007 A Comissão Européia é considerada, hoje, a principal e mais eficaz instituição democrática estabelecida quando se trata de regulamentações. Não é a prova de falhas, há casos notórios que são mais políticos do que pragmáticos, apesar de serem a exceção. Mesmo assim – ou talvez principalmente por isso – o mundo tem muito a aprender com a União Européia sobre o ato de lidar com o poder das grandes corporações. No final, nem sempre a Comissão ganha e os grandes poderes econômicos prevalecem, mas a questão crucial, aqui, não é o resultado final: é a discussão levantada pelas denúncias que a Comissão recebe ou, ela mesmo, formaliza.
Paulo Rebêlo Revista Backstage – abril.2007 Quem define as características de uma gravadora ou estúdio independente? O que faz uma gravadora ser chamada de independente pela mídia e pelos consumidores? Há quase um ano, tecemos algumas considerações aqui na Backstage sobre a hipocrisia deste termo em várias situações, a começar pelos lançamentos de CDs de artistas famosos e que nem precisam de campanha para vender. Em junho de 2006, nosso gancho foi o novo álbum de Chico Buarque, o qual, na nossa opinião, dividiu a história das gravadoras independentes em “antes” e “depois” do fator Chico.
Paulo Rebêlo Revista Backstage, ed. março 2007 Na coluna anterior, falamos sobre o DRM – Digital Rights Management – contido na maioria das músicas digitais vendidas legalmente pela internet. O DRM nada mais é do que um conjunto de tecnologias que, de forma bem flexível para as lojas e nada flexível para o consumidor, garante que o arquivo “funcione” apenas do jeito pré-determinado por quem vende, sem opções para quem compra. É o DRM que o impede de copiar o arquivo do seu tocador-portátil para o computador, que impede de escutar a música por mais de um minuto caso não tenha comprado uma licença, que bloqueia múltiplas transferências entre dispositivos portáteis e assim por diante.
Paulo Rebêlo Revista Backstage – ed. fevereiro 2007 Poucos conhecem, alguns entendem, quase todos usam. A cada dia, aumenta a adesão a um movimento global contra o DRM, sigla de Digital Rights Management. Traduzindo, seria algo como gerenciamento de direitos digitais. Nada mais é do que um conjunto de tecnologias implantadas em arquivos de música digital, que serve para restringir ou liberar uma série de ações que o consumidor pode fazer com o arquivo. O DRM é adotado por praticamente todas as lojas que vendem música online, como forma de coibir pirataria, cópias não-autorizadas e, em alguns casos, até mesmo a transferência da música para seu aparelho portátil ou para um segundo periférico qualquer.