Paulo Rebêlo | Webinsider Para cada ano de Webinsider, ganhei um quilo na balança, um centímetro de calvície e um punhado de fios brancos no meu peitoral do Fofão. E não é piada. Há vinte anos, o eu de hoje seria um cara bem apessoado profissionalmente. Porque era assim que, até meados dos anos 80-90, as pessoas olhavam os carecas pançudos. Só havia tempo para trabalhar, então a gente largava o futebol do fim de semana e o ônibus lotado para trabalhar o dia inteiro e curtir os benesses de uma vida sedentária com um Fuscão na garagem. Hoje, com mil demandas simultâneas e a vida toda na web, a gente continua sem tempo para cuidar do corpinho, mas agora é diferente porque, nos dias de hoje, pançudos são preguiçosos ou incompetentes. Sempre aparece alguém para recomendar um curso de gestão. Gestão de tempo, gestão motivacional, gestão de demandas, gestão de projetos, gestão de produtividade, gestão de pessoas, gestão de bolinhas de gude… como diz nosso ilustre colega Paulo Roberto Elias: e vai por aí. Por essas e outras é que o Webinsider continua sendo um motivo de orgulho, creio eu, para todo mundo que já passou por aqui e todos aqueles
Categoria: imprensa
Na entrevista abaixo, estão minhas respostas sobre toda a celeuma em relação ao uso da internet, mídias sociais e novas tecnologias nas eleições de 2010 no Brasil. Junto a mim, responde também o publicitário André Telles. A entrevista faz parte de um trabalho de faculdade da estudante Ariane Fonseca.
Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco | 09.ago.2009 Entre o ano 2000 e outubro de 2006, somente no Japão morreram 54 pessoas em decorrência de supostos efeitos colaterais relacionados ao medicamento Tamiflu. Entre elas, 16 eram crianças ou adolescentes e em boa parte dos óbitos há indícios claros de tentativas de suicídio. Os números são públicos e fazem parte do banco de dados do Ministério da Saúde daquele país. Em 2007, o governo japonês proibiu de vez a ingestão de Tamiflu por menores de idade, depois que novos dois casos foram relatados às autoridades sobre adolescentes que pularam do segundo andar enquanto se tratavam com Tamiflu. Relatos parecidos também são encontrados em outros países, embora até hoje ninguém tenha conseguido comprovar cientificamente uma relação direta. Enquanto isso, o Tamiflu continua a ganhar novos mercados, principalmente em países subdesenvolvidos que somente agora, com a epidemia da gripe suína, estão conseguindo importar ou comercializar o remédio que, por sinal, não é barato. O Tamiflu é o mesmo remédio que tem sido encarado pelo governo brasileiro como o santo graal da luta contra a gripe suína. Os médicos protestaram contra as limitações e o governo cedeu. Hoje, qualquer médico pode receitar o Tamiflu de acordo
Paulo Rebêlo | 04.agosto.2009 Knight Center for Journalism Quanto mais casos de morte por gripe suína são reportados na América Latina, maior é o tom alarmista da imprensa e menor é o real conhecimento da população sobre variáveis presentes na cobertura. Da noite para o dia, o nome do remédio “tamiflu” ganhou as principais manchetes, diariamente, de jornais, revistas e televisão. Mas na maioria dos países latinos, pouco ou nada se ouviu falar sobre o medicamento até agora. Excetuando-se reportagens isoladas e específicas sobre saúde, publicadas no passado e sem vínculo algum com a gripe suína, o Tamiflu é uma grande novidade para a maioria da população que desconhece esse remédio tão popular nos Estados Unidos. Por que? Ninguém sabe explicar ao certo e, até agora, a imprensa tem falhado em ir além do noticiário factual. Críticas sobre potenciais efeitos adversos do Tamiflu também estão fora das manchetes, mesmo quando há precedentes até hoje pouco explicados, como mostra uma reportagem do Japan Times publicada no dia 20 de março de 2007. O Japão é o país que mais compra Tamiflu e há dezenas de casos de suposto suicídio por pacientes que usavam o medicamento. Estudos sobre efeitos colaterais do Tamiflu em crianças e efeitos nocivos à pele também
Paulo Rebêlo | Julho 17, 2009 Knight Center for Journalism in the Americas Experiência e recursos financeiros. Dois fatores aparentemente essenciais para uma boa reportagem investigativa, mas que nada valem se o repórter não tiver força de vontade e fôlego quase juvenil para perseguir a informação que muitos preferem manter escondida. Este foi apenas um dos muitos desafios debatidos em São Paulo, entre os dias 9 e 11 de julho, no 4º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo. Organizado pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e com apoio e patrocínio do Centro Knight para Jornalismo nas Américas e várias outras instituições, o evento ocorreu na Universidade Anhembi-Morumbi e contou com a presença de quase 500 jornalistas, estudantes e professores de jornalismo, incluindo 62 palestrantes em 50 oficinas.