Paulo Rebêlo Observatório da Imprensa – 08.julho.2014 link Acaba de sair a edição em português do Manual de Verificação (Verification Handbook), uma ferramenta poderosa para validar, certificar e utilizar conteúdo, relatos, fotos e vídeos compartilhados pelas pessoas na selva da internet e das redes sociais. Gratuito e disponível em vários formatos, inclusive podendo ser lido online, direto no navegador, o Manual é produzido pelo Centro Europeu de Jornalismo (EJC) e foi lançado em inglês em fevereiro. A edição em português do Brasil é a primeira tradução oficial em outro idioma. Em situações críticas, as redes sociais ficam sobrecarregadas de boatos e relatos em primeira pessoa. Algumas dessas informações são verdadeiras, mas uma grande parte é falsa, especialmente quando ocorrem manifestações ou conflitos. O Manual é um guia definitivo para ajudar jornalistas a criar uma sistemática de apuração, tapando buracos recorrentes no processo de verificação de dados. Em linguagem didática e com muitos exemplos e estudos de caso, o livro foi escrito por jornalistas de instituições como BBC, Digital First Media, ABC e Storyful, além de outros especialistas em comunicação e tecnologia. Para baixar o arquivo para seu computador e começar a usá-lo, os links oficiais são: >> PDF – http://goo.gl/0XSC13 >> EPUB – http://goo.gl/BnTNNA >> Kindle – http://goo.gl/5bAKzh >>
Categoria: imprensa
Paulo Rebêlo Observatório da Imprensa, ed. 743 23.abril.2013 (link) Reforma é quando jornal resolve enxugar custos na planilha, espaço no papel e funcionários na mesa. Às vezes, também atende pelo nome de inovação. Não existe reforma porque jornal ainda não pretende reformar nada. Falta interesse e conhecimento para mexer no status quo, embora o discurso para público, acionistas, funcionários e colaboradores seja outro. Um jogo de cena conhecido – e alimentado – por quem dele faz parte. Uma reforma, de fato, significa quebrar tabus quase religiosos dessa instituição chamada jornal diário. E o principal tabu é o gesso. Você tem três fotos excelentes para a matéria? Só tem espaço para uma. Tem uma reportagem ótima com duas páginas essenciais? O leitor não vai ler. Não tem notícia suficiente de Economia para hoje? Se vira porque tem quatro páginas para preencher. Coloca qualquer coisa da agência. Há 10 anos, já não fazia sentido manter esse método gesseiro de produção. Continuaram. Hoje, jornal impresso é motivo de piada. Um elefante na sala. E nossa sala tem cada vez menos espaço para papel ruim. Também não há mais espaço para veículos engessados, presos a regras semirreligiosas de produção, edição, diagramação e publicação. O
Paulo Rebêlo Observatório da Imprensa | 20.março.2012 | link A moda do momento, entre editores e diretores de jornal, parece ser o paywall. Promovido sobretudo por jornais americanos e ingleses, trata-se de um método para cobrar pelo conteúdo do jornal impresso oferecido na internet. O recurso permite a leitura de uma quantidade limitada de matérias por dia. Ultrapassado o limite, o usuário é convidado a fazer uma assinatura digital ou híbrida, que inclui o recebimento do impresso. Cabe ao jornal decidir como proceder. Por ser tecnicamente muito simples, o paywall trabalha com a noção de permissões por página. Pode ser personalizado a gosto do freguês, abrindo um leque de oportunidades para promoções e direcionamento de conteúdo e reportagens – do ponto de vista comercial ou de interesse público. Como usar e oferecer o paywall é justamente o que diferencia atualmente os jornais que o adotam. Não faz milagres em termos de receita, mas tem mostrado resultados bem interessantes. Além de ser uma alternativa viável aos veículos de comunicação que ainda insistem no clichê pouco inteligente de fechar totalmente o conteúdo do jornal impresso. A adoção do paywall é uma discussão movida, em grande parte, pela autopromoção de veículos como The
Paulo Rebêlo | Observatório da Imprensa – 08.fev.2011 Não chega a surpreender que The Daily não tenha surpreendido ninguém. O magnata Rupert Murdoch já demonstrou, inúmeras vezes, entender muito de ganhar dinheiro e pouco de jornalismo. A chance de redenção, embora tardia, surgiu ao abraçar e bancar The Daily, jornal exclusivo para iPad – o tablet da Apple –, lançado na quarta-feira (2/2) depois de meses de expectativa.