Paulo Rebêlo // fevereiro.2006 Não é novidade que carnaval é tempo de libidinagem. É o júbilo das pessoas solteiras. O problema é que só funciona desse jeito, ou seja, para quem é solteiro. Outro dia, um colega sugeriu juntar a reca dos pobres-coitados e fazer um carnaval de casados, onde as pessoas poderiam brincar, beber e pular sem preocupações com a mão-boba alheia. Não funciona, perde a graça. Ficaria limpinho demais. A maioria dos foliões tende a achar que carnaval só é bom quando se pode sair agarrando todo mundo sem culpa, sobretudo quando, a cada ano, parece que mais e mais pessoas vão somente para isso mesmo. Não é por isso. Quer dizer, não só por isso. A ruína dos homens casados é bem mais simples: não importa se você vai pular com ou sem a mulher, o resultado é que a brincadeira se transforma numa dor de cabeça. Opção 1 – Caso você consiga um habeas-corpus para ir brincar carnaval com os amigos, a tendência é achar que será o paraíso. Afinal, ficará solto na buraqueira para fazer o que quer. Ledo e fatal engano. Pois, são nas ladeiras de Olinda e nas ruas esburacadas do Recife Antigo
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Paulo Rebêlo // janeiro.2003 Dizem que o hábito de ler jornal todo dia é um vício similar ao fumo: quando você consegue parar, fica se achando um tolo porque vê que não é tão difícil assim e que aquele vício, na prática, não lhe acrescentava em nada; você pode muito bem viver sem ele. Talvez seja por isso que, em alguns locais do Brasil, o jornal-papel é carinhosamente apelidado de “o mentiroso”.
Paulo Rebêlo // outubro.2002 Pegar a estrada, de norte a sul do País, conhecendo lugares, visitando pontos históricos e conversando com as mais diferentes pessoas – é a maior prova de que é preciso ter muita, mas muita fé para acreditar naquela fábula de “alma gêmea”. Para quem jura de pé junto que já encontrou a sua, não há motivos para pânico. A Xuxa não acredita em duendes? Então. Fé é um negócio que existe mesmo. Segura e confia.