Conheci um portenho e ele disse: se você realmente vai até Ushuaia, experimente a centolla. É uma iguaria típica daquela região de Tierra del Fuego e ali é o melhor lugar do mundo para comê-la. Nunca ouvi falar em centolla. Achava que conhecia um pouco de mundo, mas cá estava eu sem fazer a menor idéia que bicho era aquele e onde eu poderia encontrá-lo. Tudo se tornou supérfluo. Porque agora eu só pensava na centolla.
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Paulo Rebêlo * Diario de Pernambuco 18.novembro.2008 Miami (EUA) – Ícone do turismo internacional, há tempos que Miami não quer mais ser conhecida como paraíso da muamba e mera porta de entrada para a Disney. Difícil, contudo, é deixar de lado o estigma de não ser uma cidade “tipicamente” americana. Numa das metrópoles mais mescladas dos Estados Unidos, o idioma torna-se um detalhe. Não se assuste quando as pessoas falarem com você, primeiramente, em espanhol. Se fizer uma careta de quem não entendeu, elas tentam engrenar o inglês. Com cerca de 410 mil habitantes, Miami é a América Latina traduzida para gringo. A exemplo de diversas outras concentrações urbanas dos Estados Unidos, a maioria dos empregos braçais são ocupados por latinos, legais e ilegais. De acordo com o último censo, a comunidade hispânica (incluindo descendentes) responde por nada menos do que 80,8% da população, entre brancos e negros. Destes, quase 35% são de Cuba. Outras nacionalidades expressivas vêm da Nicarágua, Haiti, Honduras e Colômbia.
Paulo Rebêlo | setembro.2008 Não adianta escrever mais sobre as frustrações em viagens de avião, com direito a aeronaves mais apertadas do que ônibus de linha e passageiros que parecem nunca ter visto comida na frente. Como nem tudo é aperto e nem todos são morta-fome, um vôo de longa duração e relativamente vazio até que tem um pouco de serventia. Você termina refletindo sobre coisas realmente importantes na vida. Por exemplo: por que é tão difícil achar uma aeromoça gorda?
Paulo Rebêlo // novembro.2007 Pessoas que precisam viajar bastante (por causa do trabalho) sempre passam por uma infinidade de histórias ridículas que preferem esquecer. Há anos pegando avião, carro, ônibus, carroça, bicicleta e carro-de-boi para conseguir fazer uma maldita entrevista que no outro dia só serve para embrulhar peixe no mercado, a gente termina aprendendo que, por mais que você tente, algumas pessoas nascem predestinadas a atrair situações ridículas.
Paulo Rebêlo // maio.2007 Na edição anterior, vimos como é difícil ser brasileiro no exterior quando não temos o estereótipo padrão tupiniquim: morenos, atléticos, conquistadores e barulhentos. O problema de ser um brasileiro nem um pouco brasileiro – baixinho, branquelo, redondo, quieto – é que ninguém acredita que você é brasileiro.