Paulo Rebêlo | setembro.2009 Ela pode ser linda a ponto de a gente ficar horas em silêncio olhando para aquelas curvas e cheirando aquela pele. Mesmo assim, é difícil admirar uma mulher infeliz. Não sabemos exatamente o porquê, mas hoje para onde olhamos parece só haver mulheres infelizes ou à espera de uma vida de novela. E a gente nem se parece com o Zé Mayer. Quando estão sozinhas, é uma infelicidade imensa porque estão sozinhas. Se jogam nas baladas, nos shows, nos cursos de todos os tipos, aulas de dança, ligam para amigas que nem lembravam mais (mas que conhecem muita gente) e assim passam os dias como se o escolhido da Matrix da vida delas fosse aparecer sempre hoje. E o azar dela é sempre a sorte de um zé ruela. Sim, porque sempre há um zé ruela de plantão. E o primeiro que aparece e liga no dia seguinte se transforma no dono da chave do seu coração da noite para o dia, a solução de todos os problemas tabajara. O desastre vindouro é amplamente conhecido de todas as mulheres do mundo, mas elas adoram um zé ruela. O tempo passa e, entre tantos zé ruelas espalhados pela cidade, não