Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco – 07.dez.2007 Caruaru – Mais um protesto chamou a atenção de transeuntes no final da tarde de ontem, quando militantes das juventudes do PT, PCdoB, PDT, além de integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e do Sindicato das Costureiras se reuniram em frente à Câmara dos Vereadores para pedir pelo fim da corrupção e por um novo sistema político. O protesto começou por volta de 15h30 e, inicialmente previsto para seguir em passeata até a Igreja Matriz, os organizadores resolveram continuar em frente à Câmara no aguardo de uma maior adesão. Poucas pessoas participaram. O baixo número foi relevado por uma das organizadoras do movimento, a militante do PT Louise Caroline. “Caruaru não tem tradição de mobilizações sociais, não tem movimentos organizados, não tem tradição, tudo isso é raro na cidade, ainda hoje. Há uma semana temos conseguido manter os protestos que, apesar de pequenos, têm um significado muito importante”, acredita.
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Segurança // PCR só prioriza iluminação nos festejos natalinos Paulo Rebêlo (email) Diario de Pernambuco – 25.nov.2007 O orçamento dos festejos natalinos no Recife vai custar à prefeitura R$ 5 milhões. Deste valor, pouco mais de R$ 1,5 milhão é destinado à iluminação especial, criada por Peter Gasper, 67, badalado iluminador alemão radicado no Brasil. O valor de R$ 5 milhões é a mesma quantia gasta pela prefeitura durante um ano inteiro para a manutenção de todo o sistema de iluminação pública na cidade. O custo mensal do consumo de energia pago à Celpe é de R$ 1,7 milhão, valor bem próximo ao da iluminação natalina. Valores tão altos de um lado, contra quantias tão modestas de outro, colocam na berlinda a gestão de recursos diante de tantas críticas sobre a precária luminosidade nos bairros. Quase de forma irônica, com a escuridão se ilumina outro calo dos atuais gestores: a insegurança pública é generalizada no Recife, que hoje ostenta o título de segunda capital mais violenta do Brasil de acordo com o ranking divulgado este mês pelos ministérios da Saúde e da Justiça.
Movimento nacional, com forte presença em Pernambuco, tenta instituir sistema de governo com imperador, primeiro-ministro e parlamentarismo Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco – 15.nov.2007 (link) O presidente se preocupa com as próximas eleições, enquanto o rei se preocupa com as próximas gerações. Eis um dos principais pontos a nortear monarquistas de vários estados, a partir de hoje (15), em um debate em São Paulo sobre o “novo” projeto político para o país. Poucos têm observado, mas neste exato momento diversas associações trabalham e discutem a restauração da Monarquia no Brasil. O modelo inclui as figuras do imperador, do primeiro-ministro e de gestores eleitos pelo povo, em regime de Monarquia parlamentarista. De forma um tanto discreta, os chamados círculos monárquicos promovem encontros e palestras sobre a viabilidade política e o momento mais oportuno para a restauração. Agora, quando se comemora 119 anos da Proclamação da República, eles se sentem preparados a enfrentar e tentar esclarecer a opinião pública. E até mesmo fazer parte do atual sistema político, por meio de um partido e de uma base no Congresso Nacional. São planos e idéias que, de hoje a sábado, constam na programação do Encontro Monárquico 2007 na capital paulista, organizado pelo Instituto
Bucareste é sitiada por propagandas gigantescas, trânsito caótico e construções por toda a parte. Considerada o elefante branco da Romênia, a capital possui os mais baixos níveis de desemprego do país, contrastando com outras capitais do Leste Europeu como Praga, Bratislava e Budapeste. Paulo Rebêlo, de Bucareste (email) versão estendida da subretranca publicada ontem (aqui) na Folha de S. Paulo – 29.abr.2007 As semelhanças entre Romênia e Brasil são muitas, a começar pelo idioma que possui palavras praticamente idênticas, passando pela herança latina de simpatia e hospitalidade, e chegando às mazelas políticas de corrupção, subornos, obras inacabadas e agora um impeachment de presidente eleito no currículo deste país de 22 milhões de habitantes, quase a população da região metropolitana de São Paulo.
Traian Basescu é afastado pelo Parlamento logo depois de o país ingressar na UE. De língua afiada e popular entre os pobres, chefe de Estado eleito foi acusado de abuso de poder; Comissão Européia hesita em intervir. Paulo Rebêlo, colaboração para a Folha, de Bucareste ( email ) Folha de S. Paulo – 29.abr.2007 ( link ) Enquanto o mundo inteiro olha para as eleições na França, um pouco mais ao leste, na Romênia, cai um presidente eleito democraticamente e a União Européia (UE) se encontra sem saber o que fazer diante de mais uma crise política nos novos países-membros do Leste Europeu. Por 322 votos a favor e 108 contra, o Parlamento aprovou o impedimento do presidente Traian Basescu, eleito para o cargo em 2004.
Paulo Rebêlo (*) Observatório da Imprensa, 22.fevereiro.2005 Mesmo para quem não lê jornal e não assiste TV, foi difícil não se inteirar da balbúrdia que os veículos de comunicação fizeram com a vitória de Severino Cavalcanti. Vale o registro da Folha de S.Paulo, em editorial de 16 de fevereiro, tachando-o de “candidato sem estatura política, retrógrado e inexpressivo, que se especializou em negociações menores no dia-a-dia da vida parlamentar”. Foi quase um elogio. O leitor mais atento, porém, talvez consiga perceber que alguns jornais estão achando ótima esta vitória. É uma nova oportunidade para certas publicações – e colunas – voltarem a propagar aquela equivocada noção de que o Nordeste, principalmente Pernambuco, é o grande beneficiado desta politicagem. Politicagem, aliás, que é a cara do que o governo federal vem fazendo nos últimos dois anos. A interpretação é simples: o presidente da República e o da Câmara são pernambucanos; o presidente do Senado (Renan Calheiros) é alagoano; e o 1º secretário da Câmara (Inocêncio Oliveira) também é pernambucano. Para um Sul-maravilha rico e poderoso, até que estamos bem na fita. Bem o suficiente para propagar o conhecido ufanismo, digno da mais Polyanna das Polyannas, de que o Nordeste é o