Paulo Rebêlo (email) Observatório da Imprensa – 22.maio.2007 – link original Não foram apenas políticos e empresários que tiveram a carne cortada pela Operação Navalha, da Polícia Federal. No Nordeste, a maioria dos jornalistas empregados em redação pouco ou nada pôde fazer para contornar a censura, declarada e explícita, dos donos de jornais. Como bem escreveu Ivan Moraes Filho neste Observatório [“O fato, a notícia e o pedigree”), jornais nordestinos publicaram pequenas matérias sem citar nomes dos políticos e empresários presos.
Tag: nordestino
Paulo Rebêlo Observatório da Imprensa, 10.out.2006 ( link original ) seção Formação Profissional No Brasil, uma das (várias) ervas daninhas do jornalismo é a cultura da mediocridade que parece acentuar-se cada vez mais nas redações. Um corporativismo não-sadio que gera uma situação deprimente para quem atualmente cursa Jornalismo na universidade ou para os recém-formados que não encontram emprego. Jornalistas que não querem se aprimorar como profissionais, que só fazem o feijão-com-arroz, ocupam o lugar de tantas outras pessoas que poderiam fazer um trabalho melhor e, com isso, aquecer toda uma cadeia de produção jornalística: incentivando colegas, conquistando mais leitores, vendendo mais jornal e deixando o dono mais rico. Não é o que eles querem, afinal? É um consenso mundial de que não existe desenvolvimento sem educação. De igual modo, é impossível esperar jornalismo de qualidade sem jornalistas de qualidade – não necessariamente bem preparados por natureza, mas dispostos a tal. Contudo, assim como a história do Brasil sempre deixou de lado a educação, a história do jornalismo brasileiro parece seguir o mesmo caminho e, diante de “atuais conjunturas econômicas e de mercado”, esquece a qualidade do material que apresenta aos leitores – e depois reclama pomposamente, nos congressos internacionais, que