O Governo Federal acaba de anunciar o Programa Nacional de Desenvolvimento da Nanociência e Nanotecnologia, com investimento de R$ 71 milhões para o biênio 2005/2006. Em parceria com o Ministério da Ciência Tecnologia (MCT), os recursos serão distribuídos em todo o Brasil, para universidades e laboratórios, incluindo projetos de novos pesquisadores e trabalhos já consolidados na área. Mas, afinal, o que é nanotecnologia? Para onde vai o Brasil nesse campo tão cobiçado do meio científico e aparentemente tão distante das pessoas comuns? Confira, na reportagem a seguir, o que podemos esperar das pesquisas em nanociências e os produtos já disponíveis no mercado, a começar pelo destaque internacional de Pernambuco no setor. Paulo Rebêlo Folha de Pernambuco, 24.agosto.2005 Em resumo, nanotecnologia pode ser definida como a ciência do pequeno. No caso, do extremamente pequeno, visto o termo que a define – nano – ser a bilionésima parte do micrômetro, que é, justamente, a medida adotada na microeletrônica que está por trás dos minúsculos chips de computador e de todo material eletrônico. Se hoje a microeletrônica é a base de quase todas as ferramentas de trabalho ao nosso redor, as ciências do nanômetro (nanociências) nos revelam o que está por vir. Na
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Paulo Rebêlo – [email protected] A comunidade científica ganhou um belo presente de Natal e Ano Novo. O Ministério da Ciência & Tecnologia (MCT) acaba de oficializar, formalmente através de uma portaria publicada no Diário Oficial da União, a criação da Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio) — uma reivindicação antiga para promover a articulação de pesquisadores do setor e o desenvolvimento da região por meio da biotecnologia. De acordo com o atual coordenador-executivo da rede, Luiz Antônio Barreto de Castro, agora o passo mais urgente é criar o Conselho Diretor e o Comitê Científico. “Trata-se de um programa como nenhum outro do Brasil. Vamos integrar uma região inteira pela biotecnologia.” comemora. Em agosto de 2003, os secretários estaduais de Ciência & Tecnologia do Nordeste aprovaram a criação da rede, que já contava com o aval do MCT. Segundo o técnico de biotecnologia da Secretaria de C&T na Bahia, Guilherme Leoneli, somente em dezembro daquele ano o edital foi publicado. “Em julho passado, os primeiros projetos foram aprovados, mas só agora todos os recursos chegaram e a parte burocrática foi resolvida,” explica. Dos quatro projetos aprovados inicialmente, dois são da Bahia, um do Ceará e outro de Pernambuco. Este último é da