Meio ambiente // Proposta de aterro sanitário público em sintonia com a legislação é a mais viável, só que aguarda licença há três anos Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco – 08.junho.2008 O encontro desta terça-feira na Amupe (leia mais na página A8), para discutir políticas públicas sobre o lixo em Pernambuco, faz parte de uma mobilização que começou em abril. Na época, o procurador-geral de Justiça, Paulo Varejão, recomendou aos promotores com atuação voltada para o meio ambiente o início de uma nova investigação sobre o tratamento e gerenciamento dos resíduos sólidos no estado. No entanto, os interesses políticos e econômicos vão muito além do lixo.
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MEIO AMBIENTE // Ministério Público cobra construção de aterros sanitários em Pernambuco Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco – 08.junho.2008 A novela de duas décadas sobre o Lixão da Muribeca, cujos personagens principais – as prefeituras do Recife e de Jaboatão – nunca se entendem, irá reunir o Ministério Público de Pernambuco e as partes interessadas em uma reunião na próxima terça-feira, na Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), no Recife. A promotoria de meio ambiente do MPPE quer uma definição das prefeituras sobre a desativação do aterro sanitário e a adoção da coleta seletiva – presente na legislação estadual e até hoje nunca cumprida ou fiscalizada. As irresponsabilidades por trás do uso e gerenciamento do aterro sanitário foram abordados pelo Diario nas edições de 1 de junho (Política) e no caderno especial sobre meio ambiente, publicado no dia 05 de junho. Outros temas previstos para debate são licenciamento ambiental, política estadual de resíduos sólidos, consórcio público e linhas de financiamento.
Meio ambiente // Há quase 25 anos ele está lá, como sinônimo de descaso governamental das cidades do Recife e Jaboatão com o tratamento dos resíduos. __________ Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco – 05.junho.2008 foto: Juliana Leitão/DP Quem ainda acha que política e meio ambiente não se conectam, certamente precisa observar melhor algumas áreas “invisíveis”. A escassez de políticas públicas, aliada à falta de educação ambiental da sociedade, nos levam a aberrações que, muitas vezes, estão debaixo do nosso nariz – mesmo quando não conseguimos enxergar. Sem saber como gerenciar o lixo que produz, há quase 25 anos Pernambuco transforma o “famoso” lixão da Muribeca em sinônimo de descaso político e danos ambientais. Na opinião de especialistas, parte do passivo ambiental herdado pelas gerações atuais chega a ser considerado irreversível.
LIXO // Empresa responsável por 70% da coleta no Recife responde ações em outras cidades Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco 01.junho.2008 O que leva o poder público a contratar e renovar a concessão de empresas que, Brasil afora, há anos respondem ações por improbidade administrativa, indícios de superfaturamento e investigações do Ministério Público e de Tribunais de Contas? A greve dos garis e a subsequente paralisação da coleta de lixo no Recife, durante toda a semana passada, acende a luz amarela para os contratos municipais com empresas do setor de limpeza urbana. Pelos números oficiais, a Qualix Serviços Ambientais Ltda responde por 70% do serviço de limpeza – coleta do lixo, transporte, manuseio etc. – no Recife. A empresa é o pivô da crise que culminou com a paralisação dos garis, a partir de reivindicações por melhores salários e benefícios. Os outros 30% estão a cargo da Andrade Guedes. A Qualix, no entanto, já teve participação bem maior do que os atuais 70% nos anos que antecedem o processo de concorrência, efetuado em 2002, pela Empresa de Limpeza Urbana (Emlurb). Os contratos locais da Qualix, contudo, vêm de mais longe, desde o início da atual gestão municipal – quando a