Uma língua portuguesa sem fronteiras

Literatura // Acordo ortográfico divide a opinião de escritores sobre criação de nicho de mercado para autores africanos Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco 15.março.2009 Ainda é um tabu no mercado editorial. Linguistas apresentam opiniões divergentes. Acadêmicos nem sempre querem expor suas ideias sobre o assunto. Escritores se dividem entre a esperança e o ceticismo. E sob o topo da polêmica, reside um continente desconhecido para a maioria dos brasileiros – África – e uma nação lusófona que transcende fronteiras e culturas. Até que ponto o acordo ortográfico, também conhecido popular e erroneamente como “reforma ortográfica”, pode estabelecer um nicho de mercado para os autores africanos no Brasil? Hoje, trata-se de uma abertura incipiente. Não somente pelo conservadorismo das editoras, mas, também, pelos custos e pelas conhecidas diferenças entre duas línguas portuguesas eventualmente estranhas entre si.

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Jumento-biblioteca é sensação em Amaraji

Projeto cultural Livros Andantes começa a funcionar hoje com a proposta de aproximar os moradores da Zona da Mata Sul do mundo literário Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco 15.março.2009 Enquanto os livros não criam asas, eles podem chegar de jumento para satisfazer a curiosidade de vários povoados rurais onde, de outro modo, ninguém teria acesso aos clássicos da literatura nacional e estrangeira que mudaram a vida de tanta gente na cidade grande. Por enquanto, o único município contemplado com esses jumentos-bibliotecas é Amaraji, a 90 km do Recife, na Zona da Mata Sul do estado. A partir de hoje, quem estiver de passagem pela região – vindo das redondezas de Chã Grande, Primavera, Ribeirão, Cortês ou Gravatá – deve redobrar a atenção no trânsito. Espalhados na zona urbana e rural de Amaraji, os jumentos estarão equipados com o que há de mais refinado e produtivo culturalmente: livros. De todos os gostos, pesos e tamanhos. Se depender dos donos destes jumentos do saber, os 20 mil habitantes de Amaraji podem ficar certos de que ainda há muito caminho pela frente. Vão dividir espaço com a cana-de-açúcar, abacaxi, mandioca, borracha, banana, batata-doce e laranja – produtos típicos da agricultura do local. Ao

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Mísseis de Gaza eclodem na arte

Conflitos entre Israel e Palestina e a realidade da região são temas de livros e de filmes que ajudam a entender melhor as motivações das guerras no Oriente Médio Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco 19.janeiro.2009 O sofrimento resultante dos mísseis na Faixa de Gaza, durante o atual conflito entre Israel e Palestina, abre uma brecha cultural para quem deseja ir além da superficialidade do noticiário. Enquanto as editoras correm para divulgar os livros com temáticas relacionadas às infindáveis guerras no Oriente Médio, as distribuidoras promovem relançamentos de filmes premiados sobre a região. Antes de correr à livraria ou locadora, vale a pena conhecer um pouco das principais – e nem sempre bem divulgadas – expressões artísticas da região e seus habitantes. De um lado, há livros que sobrevivem ao tempo e fogem do maniqueísmo empregado em várias das publicações; de outro, filmes realizados entre Israel e a Palestina mostram cenários desconhecidos pela maioria dos brasileiros. Não há política, não há guerras, não há discurso vazio. Há famílias, trabalhadores, crianças vivendo uma vida como qualquer outra, apesar do iminente risco de ataques suicidas ou mísseis teleguiados. São produções distintas dos empreendimentos milionárias de Hollywood.

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Metralhadora literária

Bíblia da geração beat, “On the road” ganha tradução sem cortes para o português Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco 02.janeiro.2008 Dean Moriarty é, na verdade, Neal Cassady. Já Chad King é Allen Ginsberg. Se estes nomes lhe são conhecidos, então você é um sério candidato a correr até a livraria mais próxima. E se você não faz idéia de quem eles sejam, a melhor hora para conhecer é agora. Pela primeira vez no Brasil, a edição original e sem cortes de On the road (Pé na estrada) chega às prateleiras do país. Obra-prima de Jack Kerouac, o relato sobre suas andanças mochileiras pelos Estados Unidos e pelo México (de carro, trem, navio, a pé, carona…) foi escrito em 1951 e publicado somente em 1957, com vários cortes e nomes trocados a pedido dos editores. Jack Kerouac é o ícone por trás da chamada geração beat, com estilo até hoje inconfundível e uma influência sem fronteiras.

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