Veja fotos de bastidores e da equipe durante as filmagens do documentário no Flickr. Para ler a reportagem (Carta Capital, ed. 619) clique aqui.
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Universitária nascida na pior cidade do Brasil filma a vida de seus conterrâneosPaulo Rebêlo (texto & fotos)Carta Capital – ed. 619 – 27 de outubro de 2010link original no site da revistaNão foi preciso tanto tempo para a “pior cidade do Brasil” virar um pequeno oásis no meio do sertão nordestino. Manari, 400 km a sudoeste de Recife, divisa entre Pernambuco e Alagoas, deixou de ser o retrato do subdesenvolvimento para transformar-se em ícone de um Brasil profundo. Tem a cara, o cheiro e o jeito de centenas de municípios que a maioria das pessoas nunca ouviu falar e nunca irá conhecer. Com segredos paulatinamente esquecidos ou enterrados.
Pesquisa // Estado caiu duas posições considerando emprego, educação e saúde Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco – 10.agosto.2008 Pela primeira vez, um banco de dados público com números e estatísticas oficiais reunidas pode ajudar prefeitos e governadores a elaborar melhores políticas públicas para a população. Sem depender do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das Nações Unidas, o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) agrega três variáveis de ação – emprego/renda, educação e saúde – e cria um ranking das cidades. Firjan é a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. Divulgado durante a última semana e com dados relativos a 2005 para 5.564 municípios brasileiros, mostra que Pernambuco caiu duas posições no ranking de desenvolvimento humano. No desempenho estadual, Pernambuco saiu da 11ª posição nacional para 13º.
Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco – 27.abril.2008 Políticos, pesquisadores, estudantes ou qualquer cidadão interessado em gestão pública já podem começar a testar o Geosnic, lançado oficialmente pelo Ministério das Cidades em Brasília. Ainda em caráter preliminar, o recurso inclui um atlas digital com imagens de satélite em alta definição e quase 800 indicadores que comtempla todos os 5.564 municípios brasileiros. Informações sociais, geográficas, econômicas e culturais fazem parte do projeto, que pretende abrigar em uma única plataforma dados públicos hoje espalhados por várias autarquias e, quase sempre, não disponíveis de forma facilitada para a sociedade e para governantes locais.
Políticas públicas // Ministério das Cidades reúne 800 indicadores de todos os 5.564 municípios brasileiros em site com consulta aberta Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco – 13.abril.2008 Guardado a sete chaves pelo governo federal até agora, o atlas digital com imagens de satélite em alta definição e quase 800 indicadores para todos os 5.564 municípios brasileiros está quase pronto. Coordenado pelo Ministério das Cidades, o atlas recebe sua primeira divulgação oficial esta semana, durante a Marcha dos Prefeitos, em Brasília. Batizado de Geosnic, a ferramenta é gratuita e fica aberta para consulta de qualquer cidadão, pela internet, além de receber atualizações e estatísticas de gestores públicos interessados em contribuir para a base de dados.
A região pernambucana que concentra municípios de baixo IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) — na parte do Estado que faz divisa com Alagoas —, apresenta alto índice de depressão seguida de ações contra a própria vida. O alerta foi feito pelo Cremepe (Conselho Regional de Medicina de Pernambuco) e o Sindicato dos Médicos, que em abril deste ano promoveram caravanas de estudo presencial em várias cidades da região e, em junho, apresentaram os primeiros resultados parciais.
Paulo Rebêlo PNUD / Nações Unidas 9 de julho de 2004 Terça-feira, 20h. Em meio à praça, jovens com um caderno debaixo do braço se escoram em uma árvore, conversando sobre a aula de Informática que acabou há pouco. Um pouco mais adiante, um trailer vende refrigerante, sanduíches e salgados para três animados grupos que parecem esperar por mais gente ainda naquela noite. Das janelas abertas nas casas ao redor, outras tantas pessoas observam o movimento ou esperam os filhos chegarem da escola. Tudo parece uma cena comum e corriqueira em qualquer cidade, mas não aqui em Manari. Há dois anos, este pequeno município no Sertão de Pernambuco parecia viver isolado do mundo. Bastava o céu escurecer para que as janelas se fechassem e a praça ficasse deserta, em desconfortável silêncio para os raros viajantes que por ali passavam. Foi em 2004 que estivemos pela primeira vez neste pequeno município que beira a divisa de Alagoas e dista 400 quilômetros a sudoeste do Recife, só existindo como um ponto do mapa em que o Guia Rodoviário alerta, ainda hoje, os improváveis viajantes: não há estradas para Manari, apenas um trecho com 30 quilômetros improvisado de barro — e ao chegar,