A estrada ficou mais longa, as pessoas ficaram mais distantes. As reuniões continuam inúteis, os doguinhos continuam abandonados, o espetinho continua borrachudo, a pizza continua ruim e até os jagunços são os mesmos; pois agora são os filhos daqueles que há 25-30 anos sentavam ao meu lado com a faca na cintura.
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A tecnologia vai salvar a vida dos netos que não terei
Meus avós eram crianças e o Brasil era o país do futuro, eu cresci lendo a mesma coisa e você provavelmente também, hoje estamos todos pareados na amizade com a foice da Morte e continuamos ouvindo que somos o país do futuro, a diferença agora é ter a certeza que esse futuro não é nosso presente porque nunca foi nem o nosso passado. Resta-me acreditar que seja o futuro dos netos que não vou ter.
Minha existência é um bolovo
Cascavilhei o meu cabeção em busca da primeira memória da minha vida. Tento abrir meus diretórios mentais à procura do que passei a admitir como a memória zero: uma lembrança imagética, consistente e contextualizada que defina a nossa existência cognitiva. Minha memória zero só aparece aos três ou quatro anos de idade e se resume a um bolovo.
Quero escrever para mim, mas escrevo para os outros
São 25 anos de texto e conteúdo para jornal, revista, sites e empresas. E até bilhetes de amor. Troquei muito bilhete por uma cerveja e lamento não terem sido meus os bilhetes. Queria escrever meus próprios bilhetes.
O craque do creme
Minha avó recheava a mesa de cimento com comida caseira, ele pegava uma coisa ou outra, mas era uma prévia do grande momento: a bolacha creme craque.
Quando meu tempo parou no tempo
Aprendi a ignorar a passagem do tempo desde muito cedo. Hoje percebo que foi justamente o contrário. O tempo que aprendeu a me ignorar.
Microscopia sociomaternal
Quanto mais a gente estuda, parece que menos a gente sabe sobre o mundo de verdade. Ou o mundo que interessa.
Dia das mães solteiras
Paulo Rebêlo NE10 | 13.maio.2010 | link A senhora minha mãe que me perdoe, mas no Dia das Mães o meu saudosismo maior não é direcionado a ela. O que… Continue reading
O homem backup
Paulo Rebêlo Terra Magazine 03.agosto.2011 A gente nunca admite por vergonha, mas estamos quase sempre procurando – ou esperando – alguém para substituir algo que perdemos. Os amigos são os… Continue reading
O super vô ranzinza da barbona branca
Paulo Rebêlo // setembro.2003 Depois da última crônica, não consegui parar de pensar na possibilidade de ter netos sem precisar ter filhos. Será possível? Domingão é sempre um dia bom… Continue reading
Parente nem sempre é serpente
Paulo Rebêlo // dezembro.2002 Todo Natal e Ano-Novo é a mesma coisa: familiares se reencontram, tapinhas nas costas, abraços, beijinhos falsos e às vezes a tradicional troca de presentes. Se… Continue reading