Paulo Rebêlo Folha de S. Paulo – 31.agosto.2013 (link) Quando Michael Applebaum, 50, assumiu a Prefeitura de Montreal, em novembro de 2012, renovou as esperanças de muitos canadenses que se mostravam fartos com a corrupção que assolava a Província de Québec. Mas quando Applebaum foi preso, na própria prefeitura, oito meses depois, ninguém mais tinha palavras para descrever o que estava acontecendo na cidade. Com 1,7 milhão de habitantes, Montreal é a segunda maior cidade do Canadá, atrás de Toronto. A renúncia do prefeito e a prisão do interino, meses depois, abalou as estruturas políticas de um país até então considerado um dos menos corruptos do mundo. Ex-corretor de imóveis, Applebaum entrou para a política em 1994, eleito ao Conselho Municipal. Em 2001, foi eleito prefeito de uma municipalidade de Montreal. Sua ascensão ganhou impulso graças ao prefeito, Gérald Tremblay, que o indicou pro Comitê Executivo de Montreal, um colegiado que controla o orçamento e leis municipais. Dois anos depois, Tremblay promoveu Applebaum a chefe do grupo. O prefeito renunciou em novembro do ano passado, sob acusações de corrupção –que ele nega. Applebaum assumiu interinamente, tornando-se o primeiro prefeito anglófono na francófila Québec em cem anos e o primeiro judeu
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CONTROLE // Três municípios pernambucanos vão passar, em até duas semanas, por fiscalizações da CGU Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco 02.novembro.2008 Durante o primeiro ano de mandato, ao menos três prefeitos eleitos em Pernambuco vão encontrar pela frente um problema bem específico de 200 páginas. É o tamanho médio dos minuciosos relatórios da Controladoria Geral da União (CGU) para cada município sorteado, dentre 60 cidades brasileiras, onde uma equipe irá conferir pessoalmente os meandros das contas públicas em cada local: aplicação de recursos federais, transferências obrigatórias, repasse de verbas para saúde e educação e assim por diante. As equipes iniciam o trabalho em até duas semanas.
CONTAS // Novos gestores terão que lidar com irregularidades financeiras dos seus antecessores Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco 26.outubro.2008 Prefeitos eleitos em Pernambuco estão prestes a conhecer – e a responder – por uma realidade financeira nem um pouco confortável. Ao assumir o poder executivo em municípios do interior, são contas que não fecham, finanças reprovadas, relatórios inexistentes e salários atrasados. O mais curioso é que grande parte pode ser comprovada e verificada. Inclusive pelo próprio eleitor. Não existe uma lei federal que regule os deveres da transição de mandato. Há apenas projetos de lei em trâmite na burocracia parlamentar. Os deveres fiscais do município, contudo, podem ser verificados em tempo real pela base de dados do Tesouro Nacional. Em Pernambuco, até agora somente 40 municípios estão com todas as comprovações fiscais em dia, segundo o Cadastro Único de Convênio (Cauc).
CIDADANIA // Você pode fiscalizar o Poder Público denunciando irregularidades na internet Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco 12.outubro.2008 O fim das eleições municipais, em geral, é seguido por um desprezo coletivo do cidadão sobre a política e os políticos. Em virtude do habitual costume e dos 20 anos da Constituição Brasileira, os coordenadores responsáveis pelo Fórum do Combate à Corrupção em Pernambuco querem aproveitar a oportunidade para repensar a participação popular no combate às improbidades administrativas.
Agreste // Em Iati, a 286 quilômetros do Recife, a família Tenório está no poder há mais de 40 anos Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco – 31.agosto.2008 Iati – Disputas entre famílias pelo poder político de pequenos municípios no interior. Cenário comum, porém, a 286 km da capital e já próximo a Garanhuns, Iati concentra um único sobrenome pelo qual se governa a cidade há mais de quatro décadas. A família Tenório é tão presente na cidade a ponto de os próprios integrantes concorrerem entre si, com direito a agressões verbais e denúncias.
DESVIO // Pelo menos R$ 74 milhões do governo, destinados a obras sanitárias em regiões carentes, foram para o ralo Paulo Rebêlo // Diario de Pernambuco * Alana Roriz // Do Estado de Minas * 26.agosto.2008 A pompa dada pelo poder público para definir um dos itens mais básicos de saúde, o banheiro, não se mantém na hora de controlar e fiscalizar os milionários repasses para os “módulos sanitários domiciliares”. Na segunda reportagem da série sobre a sangria com o dinheiro da saúde, o Estado de Minas/Diario de Pernambuco mostram que do R$ 1,6 bilhão destinados à área, fiscalizados pela Controladoria-Geral da União (CGU), pelo menos R$ 74,8 milhões sumiram em banheiros por todo o Brasil. Foram identificadas obras inacabadas, inutilizadas, problemas nas licitações e despesas com os convênios sem qualquer tipo de comprovação. A CGU encontrou também banheiros construídos em bares, igrejas, estabelecimentos comerciais e em casas de pessoas de classe média ou que já tinham um banheiro funcionando. O preço de cada módulo varia entre R$ 800 e R$ 2,5 mil no papel.