A polêmica sobre as TVs de plasma no Brasil é apenas a ponta do iceberg na desrespeitosa relação entre indústria e consumidor. Dos países subdesenvolvidos, o Brasil é historicamente um dos melhores parceiros comerciais dos Estados Unidos em vários setores da economia. Em matéria de eletrônicos e tecnologia, somos campeões de importação – não por querer, mas por necessidade. O problema é que, junto aos produtos, vem também toda uma mentalidade corporativa de que o consumidor fica por último na fila das prioridades, apesar do investimento em propagandas que dizem o contrário.
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Agora que a poeira da Copa finalmente baixou, muita gente que comprou TV de plasma embalada pelo ufanismo tupiniquim deve começar a ficar atenta às recentes decisões judiciais contra as fabricantes dessas TVs. O ruim é que, nem sempre, essas decisões chegam ao conhecimento do público, nem mesmo à imprensa. E em tantas outras vezes, o consumidor aceita os acordos propostos nas audiências pelas fabricantes e o assunto cai no esquecimento.
A nova safra de DVDs finalmente atinge o status de viabilidade comercial e as primeiras unidades já começam a aparecer. São dois formatos novos: HD-DVD e Blu-ray. Ambos oferecem bem mais espaço em disco, de modo a turbinar a qualidade de som e de imagem. O uso é o mais variado: filmes, jogos, vídeos caseiros e backup. É que, enquanto os discos atuais comportam uma média de 4 a 9 GB, os novos permitem gravar entre 25 a 50 GB, a depender do modelo. A desvantagem é que os formatos não conversam entre si, são incompatíveis e podem causar confusão no início, com filmes sendo lançados em mídias diferentes.
Um projeto polêmico, para dizer o mínimo, circula entre os corredores dos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento. Trata-se de um estudo para reduzir drasticamente as alíquotas (taxas) de importação dos produtos industrializados que entram no Brasil, uma iniciativa que pode cortar os preços de eletrônicos e materiais de tecnologia e telecomunicações em até 50%, a depender do caso. Na última ponta, diminui o valor pago pelo usuário final para comprar um computador e outros acessórios, visto que quase tudo do setor é importado. O projeto ainda não virou lei, mas o Ministério da Fazenda confirma o estudo e a intenção de levá-lo a discussão até mesmo nas Nações Unidas. Setores da indústria nacional são contra e criticam a idéia. Confira a opinião de especialistas e como a redução das taxas poderia mudar o cenário da Tecnologia da Informação no País. Paulo Rebêlo Folha de Pernambuco, 21.setembro.2005 Comprar produtos de outro país é uma faca de dois gumes para o usuário final. O assunto já foi, inclusive, abordado em reportagem da Folha Informática em maio deste ano, com toda a problemática dos impostos pagos. Quando a importação é industrial, em larga escala e com fins comerciais, os custos com a