Ainda estava sem chip de internet, mas tinha uma noção geográfica que estava perto do rio e fui seguindo o fluxo mais lógico pelo horário e posicionamento do sol, agradecendo (pela milésima vez na vida) os sábios ensinamentos do Manual do Escoteiro Mirim que eu gostava de ler quando criança. Quanto mais eu andava, mais eu me sentia em casa. A cada beco, a cada viela, a cada carrocinha que passava, vinha uma sensação de familiaridade que senti poucas vezes na vida. É como se eu estivesse refazendo um caminho conhecido, sem nunca ter estado ali.
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Em situações de crise e emergência, a facilidade de multiplicar absolutamente qualquer coisa no Facebook e no Whatsapp abre as portas para o caos. Quando as primeiras explosões foram ouvidas no Sri Lanka, no domingo de Páscoa (21), uma das primeiras medidas adotadas pelo governo foi bloquear totalmente o acesso às redes sociais e ao Whatsapp.
Paulo Rebêlo // maio.2007 Na edição anterior, vimos como é difícil ser brasileiro no exterior quando não temos o estereótipo padrão tupiniquim: morenos, atléticos, conquistadores e barulhentos. O problema de ser um brasileiro nem um pouco brasileiro – baixinho, branquelo, redondo, quieto – é que ninguém acredita que você é brasileiro.
Paulo Rebêlo // abril.2007 Ser brasileiro em terra estrangeira significa que você pode ser qualquer um e ninguém ao mesmo tempo. Não é à toa que passaporte brasileiro vale tanto no mercado negro, mas ninguém parece lembrar desse detalhe na vida real. O estereótipo é universal: somos morenos, atléticos, conquistadores e barulhentos. O problema de ser um brasileiro nem um pouco brasileiro – baixinho, branquelo, redondo, quieto e nada galanteador – é que ninguém acredita que você é brasileiro. Nem que mostre o passaporte.
Paulo Rebêlo Revista Pipoca Moderna / dezembro.2005 Stephen Chow é um cara de sorte. Em Kung Fusão (Kung Fu Hustle, 2004, China/HK), ele repete o estilo de comédia escrachada que o consagrou na China mas, estranhamente, consegue replicar o sucesso no Ocidente com uma bilheteria monstruosa. Para se ter idéia, o filme dirigido, produzido, escrito e atuado por Chow teve a maior quantidade de salas durante a estréia nos cinemas americanos para uma produção estrangeiro, ficando à frente de obras primas como Herói e Clã das Adagas Voadoras. No Brasil, a recepção também foi calorosa, até mesmo para os críticos tradicionais de cinema – o que é, de fato, surpreendente. Estamos falando de uma comédia politicamente incorreta, com piadas sobre defeitos físicos, feiúra e trejeitos. No entanto, o carro-chefe é mesmo o estilo peculiar e nonsense de Chow, sua marca registrada, e também o que lhe diferencia das comédias politicamente incorretas de Hollywood. No script, temos um vilarejo na China rural sob ameaça de ser invadido por uma gangue urbana. Com a iminente invasão, os moradores trapalhados acabam se mostrando mestres de kung fu e cheios de segredos do passado. A exemplo de outros filmes de Chow durante a década
Paulo Rebêlo Revista Pipoca Moderna // setembro 2005 Nos cinemas brasileiros, o diretor chinês Zhang Yimou teve seus dois últimos filmes exibidos ao mesmo tempo. Herói (Ying xiong, 2002) e Clã das Adagas Voadoras (Shi mian mai fu, 2004) já estão disponíveis em DVD e trouxeram ao Brasil o que há de mais avançado e bonito no cinema chinês. Os efeitos de câmera e o ritmo das histórias deixam qualquer mago de Hollywood com os cabelos em pé e, claro, atraíram as atenções dos brasileiros cansados da fórmula maniqueísta típica – de heróis e vilões estereotipados. Com o lançamento quase simultâneo no Brasil, torna-se difícil não comparar os dois. O diretor é o mesmo e uma das atrizes, a ninfeta Zhang Ziyi, também está presente em ambas as produções. Apesar de temáticas aparentemente distintas, Herói e Adagas Voadoras compartilham um alicerce similar: o abrir mão de uma causa pessoal por uma causa maior. O “greater good” é retratado com maestria na história de Herói, cujo protaganista, Jet Li, é mais conhecido pelos filmes de artes marciais campeões de bilheteria na China. O mesmo tema é tratado em Adagas Voadoras, porém, de uma forma bem mais palpável ao gosto ocidental –