A força eleitoral do pós-assistencialismo

SOCIAL // Lançado no Agreste, programa Territórios da Cidadania destina 70% dos recursos para regiões sob comando de aliados Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco – 18.maio.2008 Dinheiro não cai do céu, mas receber uma quantia fixa todo mês, sem contrapartidas e sem critérios passíveis de fiscalização concreta por parte do poder público é quase uma ajuda divina. Logo, não chega a surpreender que até as eleições de outubro se acentue o destaque ao Territórios da Cidadania. Espécie de evolução conceitual do Bolsa Família, o programa entra na pauta de quase todos os políticos aliados do presidente Lula e faz tremer as bases da oposição. Na sexta-feira (16), novamente o Territórios foi lançado, agora em Pernambuco, com a presença do governador Eduardo Campos, secretários estaduais, representantes do Planalto, prefeitos e parlamentares.

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Programa incomoda oposição

Judiciário // TSE rejeita ação do DEM contra “Territórios da Cidadania” Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco – 20.abril.2008 A maior oportunidade de a oposição enfraquecer Lula – e por conseguinte todos os candidatos a prefeito vinculados à imagem do presidente – se dissipou com mais uma resposta negativa do TSE. O ministro Ari Pargendler, relator da representação, negou o pedido do Democratas (DEM) de abrir uma ação de investigação judicial eleitoral por abuso de autoridade do presidente a partir do lançamento do “Territórios da Cidadania”. O programa é a principal bandeira social do governo federal, depois do Bolsa Família, prevendo uma série de ações estruturadoras em regiões remotas do Brasil, onde muitas vezes não há água, energia e saneamento básico. Considerado uma sequência ao Bolsa Família, o “Territórios” também foi atacado pelo PSDB sob argumento de ter caráter meramente eleitoreiro.

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Bolsa Família: do assistencialismo à geração de renda

ELEIÇÕES // Experiências reforçam resultados do Bolsa Família e enfraquecem oposição a Lula NORDESTE // Especialistas acompanham a manutenção do programa e dizem que situação das comunidades pobres melhorou Paulo Rebêlo Diario de Pernambuco – 02.mar.2008 fotos: Juliana Leitão/DP Meia dúzia de galinhas para ajudar o complemento das refeições e dois ou três porquinhos para ajudar no trabalho pesado da roça. Era tudo o que a agricultora Maria José da Silva, 48, sempre quis na zona rural de Pombos, na mata sul de Pernambuco. Nunca conseguiu. Não sobrava nada do dinheiro repassado pelo Bolsa Família, principal sustento da agricultora, do marido José Manoel e de mais cinco pessoas debaixo do mesmo teto – dois filhos, um genro, uma nora e um neto de apenas dois meses de idade. Há menos de dois anos, contudo, a família de Maria José deixou de figurar na ala comum dos beneficiários – 11,1 milhões em todo o Brasil – da principal bandeira política e social do Governo Federal. Agora, em vez de usar o dinheiro para comprar alimentos ou suprir demandas imediatas, ela reserva quase tudo para investir em aquisições com as quais, a médio prazo, possa gerar renda própria e garantir a sustentabilidade.

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