Newsletter Paradox Zero | 27.nov.2019
Caros colegas e colaboradores,
Embora o assunto tenha esfriado, as manchas de óleo nas praias do Nordeste continuam a apresentar excelentes oportunidades de reflexão e aprendizado para quem gosta de política e tecnologia.
Durante o auge da crise, pudemos ver como partidos políticos teoricamente alinhados com a pauta ambiental se perderam no discurso ou, para não se omitirem por completo, publicaram aberrações cuja melhor resposta foi o engajamento gerado: próximo do zero absoluto.
Ao mesmo tempo, parlamentares que mal sabem explicar para si mesmo o que é aquecimento global se tornaram especialistas em fauna marinha, pesca artesanal e até mesmo correntes marítimas.
Enquanto outros, acostumados ao brilho dos flashes fotográficos 24h por dia, esqueceram de tirar um pouco do brilho do tênis novo durante as imagens na praia em solidária ajuda aos voluntários de verdade.
Ou seja, foi um período ótimo para monitoramento em redes sociais e análises de discurso.
Agora que as manchas de óleo chegaram ao Rio de Janeiro e a Marinha confirmou que são exatamente as mesmas manchas encontradas no Nordeste, teremos ainda mais combustível (perdão pelo trocadilho) para essas avaliações.
Como estão reagindo os parlamentares eleitos no Rio de Janeiro?
É um assunto periférico, visto que as ‘melhores’ manchetes ficam por conta do Governo Federal e dos ministros. Justamente por isso, torna-se ainda mais interessante avaliar o turbilhão social nas redes entre dezenas de parlamentares eleitos que não aparecem no Jornal Nacional.
Você já deve imaginar o resultado. Muitas trapalhadas. Para usar um termo educado.
Outro ponto de interesse e estudo: enquanto uns correm para ganhar meia dúzia de curtidas a mais, outros correm para apagar posts ou editar conteúdos publicados pelo próprio parlamentar.
As manchas estão no mar, mas nas redes é um mato sem cachorro mesmo.
Até a próxima.
–Rebêlo.