UMap 1.8

Paulo Rebêlo | agosto.1999

Quantos sistemas de busca você conhece? Com certeza, muitos. Altavista, Yahoo, Infoseek, Hotbot, WebCrawler… e mais algumas dezenas que você nunca nem ouviu falar. Todos parecem usar um sistema parecido e armazenar milhares de páginas inexistentes. Fazer uma pesquisa na Web é pra lá de frustrante. Procurar um texto, notícia, ou documento sobre determinado assunto, pode tornar-se uma árdua tarefa, principalmente quando o sistema de busca exibe 20.000 registros de páginas cadastradas. Passadas horas de cliques e cliques, você não acha o que estava procurando. Pelo contrário, termina esquecendo o que tinha em mente e vai navegando por páginas sem nenhuma ligação com o assunto anterior.


Com o intuito de amenizar um pouco tal frustração, entra em cena o UMap. O programa trabalha em conjunto com o usuário, criando um mapa dinâmico do que for pesquisado, e mostrando as fontes e endereços de cada página. No entanto, o mais interessante é que ele vai salvando os textos encontrados, que poderão ser lidos posteriormente, sem estar conectado à Internet.

Existe uma interface básica, bastante complicada no início, composta por duas janelas laterais e um mapa dinâmico (arquipélago) no meio. Mesmo se perdendo um pouco entre tantas palavras e endereços, após algumas pesquisas pela Web a tendência é ir tornando o UMap mais amigável e fácil de usar.

PROCURANDO – Primeiro, o usuário entra com uma chave para pesquisa. Pode ser um nome, uma pergunta, uma sentença, uma notícia, enfim, qualquer coisa. Em seguida, a Web é vasculhada pelo sistema e os resultados vão sendo armazenados no seu computador em modo texto. Simultaneamente, as ilhas do mapa começam a se formar.

Terminado o processo, haverão diversas palavras soltas na janela à esquerda. Tais palavras podem ser usadas como filtros, ou seja, podem ser apagadas e mantidas apenas aquelas que interessam ao usuário. Na janela à direita, estarão catalogados os endereços das páginas, em forma de lista. No meio, o mapa. Cada ilha representa um tópico diferente, e cada tópico irá representar novos endereços e novas classes de palavras. Em outras palavras, pode-se dizer que as ilhas funcionarão como um baú, guardando as palavras mais ocorridas nos documentos pesquisados.

O que diferencia o Umap dos sistemas de busca convencionais, é o fato do mesmo procurar conteúdo no corpo dos documentos, ao invés de usar os cabeçalhos. Mesmo assim, não se espante caso os resultados de algumas pesquisas forem inferiores a um sistema de meta-busca, como o MetaCrawler (http://www.metacrawler.com) ou o Google (http://www.google.com) que pesquisa de acordo com o número de incidência de cada site.

RESULTADOS – Exemplo prático é procurar por “Webworld”. Em alguns minutos, centenas de páginas serão listadas. Se o leitor conseguir achar www.webworld.com.br logo na primeira tentativa, está convidado a nos avisar. Por outro lado, foram achados endereços como www.webworld.de e outros similares, com extensões de diferentes países, mas não .br. Mesmo páginas de conteúdo erótico foram listadas, usando-se a mesma chave “Webworld”.

E’ provável que se tenham resultados mais satisfatórios com o UMap do que com outros sistemas de buscas, ao menos em algumas situações. Contudo, ainda há muito o que se fazer – e discutir – sobre uma forma mais eficiente e rápida de achar conteúdo relevante na Web, perdido no meio de milhões de sites.

A DDIC, representante do UMap no Brasil, planeja o lançamento oficial do produto para setembro. Segundo Alessando Bender, gerente comercial da empresa, nos cinco primeiros dias em que o UMap ficou disponível em sua versão trial na ZDNet, mais de 12.000 pessoas efetuaram o download.

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