Paulo Rebêlo
Pipoca Moderna | 28.março.2010

A continuação deste remake é o velho mais do mesmo, com a pseudo-grife do diretor Rob Zombie. Agrada aos mais novos e decepciona os fãs de Mike Myers do “Halloween” clássico de John Carpenter de 1978. O primeiro nome creditado no IMDB é o de Sheri Moon Zombie, esposa do diretor, a prova definitiva de que os filmes na mão dele são sempre uma experiência caseira.

 

O primeiro remake de “Halloween” levou quase dois anos para chegar ao Brasil. Esta continuação chega um ano depois de estrear nos EUA. E as duas produções são exatamente isso, filmes caseiros e de baixo orçamento, mas sempre com atores relativamente conhecidos e uma campanha de marketing eficiente para atrair espectadores mais jovens e tentar convencer os fãs antigos da franquia oitentista.

Em “Halloween 2″, o terror de Mike Myers é completamente previsível. Para renovar um pouco a franquia, Zombie apresenta detalhes significativos para os fãs: você vai finalmente ver o rosto do assassino, por uma fração de segundos; e o final do filme foi montado para não deixar brechas com vista a uma continuação – contrariando um pouco o “manual do diretor de filmes de terror”…

Os espectadores novos são atraídos pela mistura de heavy metal, terror e cenas grotescas que se tornaram marcas registradas de Rob Zombie, ex-músico de metal eletrônico transformado em diretor de cinema com o trash “A Casa dos 1.000 Corpos” (2003) e sua sequência “Rejeitados pelo Diabo” (2005). Ruim para quem assiste no cinema, sempre em versões editadas para deixar de fora as cenas mais violentas.

Na internet, você encontra o DVD sem cortes para compra ou dowload, sem muita dificuldade. Em “Halloween 2″, são quinze minutos a mais. Principalmente nos Estados Unidos, essa estratégia é lucro certo. Não à toa, Zombie já tem novos projetos do mesmo gênero em vista.