Remake de Halloween não tem sustos novos

Paulo Rebêlo
Pipoca Moderna | 29.julho.2009

Não tem globalização ou internet que ajude os cinéfilos brasileiros. O remake de “Halloween” (2007) dirigido por Rob Zombie chega somente agora nos cinemas brasileiros, dois anos depois de lançado no mundo inteiro e poucos meses antes de sua sequência estrear nos Estados Unidos.

Surpresa, “Halloween” virou o quinto filme mais visto deste fim de semana no Brasil. Não tem explicação, o remake é ruim. Se você é fã de Michael Myers (o personagem, não o ator) e ainda não fez o download do DVD pela internet, vai levar dois ou três sustos na sala do cinema. Mas há poucas novidades no remake, é o mesmo Michael Myers de máscara, a mesma musiquinha de suspense que pirou muita gente em 1978 e as mesmas premissas.

O que devia ser o maior diferencial deste remake é a direção de Rob Zombie, ex-roqueiro (cantor da banda White Zombie) transformado em diretor, que agradou aos fãs de terror trash com “House of 1000 Corpses” de 2003 e tem seguido a mesma linha desde então.

O elenco não é de jogar fora, com exceção de Sheri Moon Zombie, esposa do diretor que tem atuado em todos seus filmes. Gente do quilate de Malcolm McDowell e William Forsythe toparam encarar o psicopata da máscara branca.

Para contar vantagem em relação ao original de 1978, o remake de agora escolheu muito bem o garoto Daeg Faerch no papel de Michael Myers quando criança. É um pimpolho realmente sinistro. A infância de Michael Myers é a única verdadeira novidade da história.

A incursão de Rob Zombie é o nono filme da franquia “Halloween”. Para os fãs, fica a dica de procurar a versão sem cortes que não veio parar nos cinemas daqui, com 12 minutos a mais. Mas só mesmo se for muito fã.

Halloween – O Início (Halloween, 2007)