Office XP introduz .NET

Paulo Rebêlo | março.2001

O novo Office da Microsoft está previsto para junho no comércio mundial. Poucas inovações drásticas e a introdução da iniciativa .NET com modelo de assinatura integram as principais novidades da versão RC1.


Tivemos acesso à primeira versão Release Candidate (RC) do Office 2002, oficialmente batizado de Office XP. Com o fim da fase inicial de testes (beta), os RC’s são praticamente o esboço da versão final a ser disponibilizada nas lojas. Espera-se um RC2 para entre os meses de março e abril, a finalização do programa em maio e a chegada ao comércio em junho.

A Microsoft alega ser o Office XP a melhor e mais inovadora versão já lançada do pacote de aplicativos. Argumento idêntico é usado para tratar o Windows XP, previsto para o fim deste ano.

Melhor, provavelmente. Mais inovadora, talvez. Diante do RC1, as inovações do novo Office pouco revolucionam – com exceção do modelo inicial de assinatura, primeiro passo à iniciativa .NET da empresa.

O visual dos programas permanece basicamente o mesmo, com leves e requintadas alterações cujo objetivo é tornar o ambiente mais amigável e bonito. A arcabouço, porém, é idêntico.

As novidades operacionais incluem as ‘smart tags’, que ajudam o usuário na execução de tarefas simples como, por exemplo, a busca pelo valor das ações ao digitar a sigla de determinada empresa na Nasdaq; o reconhecimento nativo de voz para digitar textos e executar comandos do mouse e teclado; um sistema de recuperação (recovery) mais apurado; e muitos, muitos recursos de trabalhos colaborativos e integração Internet com produtos da grife Microsoft.

O modelo de assinatura não difere do que fora antes anunciado. O usuário, depois de instalar o pacote, precisa registrar e assinar via internet. Pelo contrário, os programas só podem ser abertos por um número determinado de vezes para, em seguida, serem bloqueados. Apenas a visualização de documentos é permitida, na ocasião.

O Office XP deverá ser lançado em duas versões: a completa, bem mais cara e sem necessidade de registro; e outra ativada por assinatura. Esta mais barata e cujo preço será avaliado de acordo com as necessidades do usuário – ao menos assim deseja a Microsoft.

Os aplicativos inclusos no XP não são mais pesados do que os anteriores. A instalação é mais rápida do que o Office 2000 e os requisitos mínimos de sistema, apesar de não haverem sido divulgados até agora, devem ser os mesmos do Office 2000.

A grande furada do Office XP é a incompatibilidade com o Windows 95. Estima-se que cerca de 65 milhões de cópias do sistema operacional continuem a ser utilizadas. Até a versão final, o Office XP também não pode ser usado sob as versões betas do Windows XP.